Moro prestes a instalar a Inquisição: Lava Jato na Educação, por Luis Nassif

Moro, Veléz e Torquemada

A informação de que o Ministro da Justiça Sérgio Moro e o da Educação, Ricardo Veléz, assinaram um protocolo de intenções destinados a apurar indícios de corrupção no MEC e suas autarquias é o dado mais sério, até agora, sobre a implantação do estado policial.

Já havia sinais dessa ofensiva nas invasões da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em cima de pequenas irregularidades montaram um circo, com condução coercitiva de reitores e professores, humilhação pública, levando ao suicídio o reitor da UFSC. 

Veléz é reconhecidamente um centurião na luta contra o “marxismo cultural”, seja lá o que isso significa. Moro, um ex-juiz politica e ideologicamente alinhado. E as universidades são um dos últimos resquícios de pensamento independente no país.

Às invasões das duas universidades, seguiu-se uma explosão de interferências de procuradores em outras universidades, obrigando o STF a uma posição clara contra essas interferências.

Espera-se que a Procuradoria Geral da República, o STF e os setores racionais da opinião pública impeçam essa razia, que certamente pretenderá criminalizar qualquer pequena irregularidade administrativa, por razões ideológicas.

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • Nassif, depois da mudança do site não consigo mais dazer meu login. Tenho que abrir nova conta? Além disso, gostaria de perguntar se no item „últimos conteúdos“ você não poderia acrescentar „ver todos“, como era antes, que era super prático e facilitava muito a leitura e a busca de conteúdos. Obrigada.
    Ana Torres

  • Nenhuma novidade. Como todo criminoso, o Ministro da Justiça já apresenta sinais de paranoia. No fundo esse duplo do Cabo Bruno nomeado pelo vagabundo Jair Bolsonaro não passa de um Raskólnikov tupiniquim bem vestido. Em algum momento a carreira dele será interrompida pela Justiça.

    • Não conseguia ter acesso à minha conta. Quando consegui, meu nome de usuário tinha sumido e em seu lugar, meu nome completo (não é secreto, mas quero a opção de usar nome de usuário outra vez).
      Também sumiu a opção de "editar" os dados de usuário, assim como "editar postagens" já feitas. Assim, estou postando com um nome de usuário que não é o meu, nas postagens abertas.
      RECADO AOS DESENVOLVEDORES:

      O público do GGN não é o mesmo povo de Facebook que escreve aki, kkkkk, rs, lol, etc. Esse público costuma corrigir seus posts, nem que seja para ajustar uma concordância verbal.

      Editar, apagar, descadastrar são direitos inalienáveis do usuário desse site.

      Obrigada pela atenção!

  • Com o obscurantismo em implantação pelo atual governo corremos o risco de um retorno (ampliado) aos piores momentos da ditadura militar!
    RESISTIR É PRECISO!

  • Passamos por momentos questionáveis e extirpar corrupção NÃO pode confundir-se com perseguir A, B ou C. NÃO CONFORMIDADES às prestações de contas, auditadas pelos órgãos competentes, devem ser aceites, analisadas e objeto de treinamento para que os profissionais façam mais e melhor com os recursos alocados. Cabe à imprensa divulgar de forma informativa e construtiva e, NÃO fazer títulos de matérias como se tratasse de CAÇA ÀS BRUXAS. Vamos construir novos e saudáveis tempos no Brasil.

    • Perfeito. Um detalhe: o buraco é mais profundo. Esse estado de exceção chegou ao ápice que nem nos anos de chumbo por conta EXCLUSIVA da Globo. O ex juiz foi cooptado pelo "sistema" para garantir o domínio desta colônia pelo império dominante. Precisamos, sim, de regular a mídia. Vão dizer, é claro, que será a volta da censura. Mas é só tratá-la com os fatos históricos sem medo.

  • O sociopata quer cuspir no prato em que comeu. Depois de grassar anos em uma Universidade Federal enquanto juizava na 13ª vara fez amigos e desafetos. O primeiro em número bem menos. A imparcialidade leva-o a atacar todo o sistema federal de ensino para mostrar aos desafetos o que é bom para a tosse seca.
    Já passou da hora de internar esse sujeito.

  • Eu acredito seriamente que necessite de uma investigação na área da educação, não estou falando talvez no quesito universidade-ensino, mas no quesito, superfaturamento de empresas pra criação de material didático, desde ensino anos iniciais até ensino superior, percebe-se a sequencia de livros educacionais redigidos por empresas que sempre tiveram escolhas no governo, e não na votação da maioria, também muitas dos equipamentos já vem com empresas de nome e sobrenome, e muito se sabe do superfaturamento das mesmas, inclusive no mundo das EAD. Mas infelizmente, não acredito que seja esse o governo que investigará isso.

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