Metade das operações bancárias são por mobile e internet banking

Jornal GGN – A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou levantamento demonstrando que móbile e internet banking já respondem por mais da metade das operações bancárias no Brasil. O levantamento foi feito com cinco bancos, que são Banco do Brasil, Bradesco, HSBC, Itaú Unibanco e Santander. No final do primeiro semestre de 2013, os canais internet e mobile banking tiveram particpação média mensal de 51%, ante 46% no primeiro semestre de 2012.

Para Marco Tavares, diretor setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban, “se mantido o ritmo de expansão, os canais digitais tendem a se firmar, em 2014, como as principais vias de atendimento bancário”. Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, em 2012 a soma dos canais internet e mobile banking já havia superado a dos meios tradicionais (caixas eletrônicos, contact centers e agências), no total das operações bancárias, com uma proporção de 42% contra 41%.

A plataforma móbile é, sem dúvida, a maior responsável pelo aumento da relevância dos meios digitais nos últimos anos, avalia a Febraban, crescendo em ritmo exponencial. Esta plataforma é formada pelos aplicativos de bancos instalados em smartphones e tablets. Entre junho de 2012 e junho de 2013, a participação do canal móbile subiu de 3% para 6,2% do total de transações. A quantidade de transações via móbile no grupo de amostragem passou de 244 milhões, no primeiro semestre de 2012, para 822 milhões, no mesmo período do ano seguinte, um aumento expressivo de 237%.

Segurança

A Febraban lembra o consumidor que, em períodos de grande movimento no comércio, o número de operações bancárias também se eleva, e na esteira, sobe demais o volume de consultas de saldos e extratos. A Federação lembra que não se pode tirar da cabeça as tais medidas básicas de segurança. A lembrança vem em boa hora, já que estas são as transações mais comuns nos dispositivos móveis, já que os aplicativos dos bancos estão disponíveis em qualquer horário e local com acesso a internet, com consultas gratuitas e de forma ilimitada.

A questão da segurança fica ainda mais importante quando se tem um volume cada vez maior de consumidores se habituando a pagar contas pelo serviço de mobile banking, que permite a leitura do código de barras pela câmera do smartphone, dispensando a digitação da sequência numérica. Outra funções cada vez mais acionadas por plataformas móveis nestes dispositivos são TEDs (transferências eletrônicas) e DOCs (Documentos de ordem de crédito).

Mesmo com o investimento feito por bancos na segurança dos aplicativos, a Febraban ressalta que o comportamento do consumidor é fundamental para garantir sua proteção. Assim como os computadores, lembra a entidade, o uso de smartphones e tablets exige os mesmos cuidados com a administração de senhas, o acesso a e-mails e a navegação na web.

Existem, no entanto, alguns procedimentos específicos para proteger dados pessoais no ambiente móvel. A entidade lembra que, ao comprar aparelho usado, é recomendável restaurar as configurações originais do produto, para que ele volte a funcionar com o padrão de segurança estabelecido pelo próprio fabricante. Também é importante evitar comprar aparelhos que tenham sofrido “jailbreak”, ou seja, desbloqueados ilegalmente, pois essa prática pode impedir a atualização do sistema operacional e, assim, prejudicar a segurança.

É preciso, ainda, avaliar as opções disponíveis de programas de proteção contra software malicioso (malware). Dependendo do sistema operacional do aparelho, como Android ou iOS, existem diversas ferramentas de segurança como, por exemplo, de marcas como Avast e Norton. Existem, ainda, aplicativos que armazenam de forma criptografada dados sensíveis.

A Febraban alerta para o fato de que, como os dispositivos móveis são mais suscetíveis a perda ou roubo, é preciso ter em mente a importância de tomar algumas medidas que ajudam a evitar dor de cabeça com o uso do equipamento em mãos erradas. O conselho da entidade é que o usuário, de tempos em tempos, faça backups (cópias) dos dados guardados no aparelho, de fotos a contatos e, nos smartphones ou tablets, que deixe ativada a opção de exclusão de todos os dados do aparelho no caso de tentativas de acesso com senha incorreta. Ainda nesta linha de segurança, aconselha que se habilite, se possível, a função de geolocalização, para que o dispositivo seja encontrado e bloqueado à distância.

Cuidados com sites falsos

A Febraban pede, ainda, que os clientes fiquem atentos aos sites falsos, que costumam solicitar muitas informações confidenciais, justamente por precisarem delas para acessar as suas contas. Fraudadores costumam utilizar a técnica da ‘ansiedade’, para criar a necessidade do cliente atualizar os dados com rapidez, sempre impondo a condição de que, se você não atualizar seus dados agora, sua conta será cancelada. A entidade alerta para a importância de se desconfiar sempre de ações nesse sentido e não cair na armadilha, ou seja, não informar os dados pessoais.

É preciso também prestar atenção na insistência dos fraudadores e analisar a forma como a senha está sendo solicitada pelo site do seu banco. Para não cair em armadilhas, ensina a entidade, conheça bem o site do seu banco, tentando memorizar a aparência da página do cliente e a sequência da inserção de senhas solicitadas. Desta forma, em caso de tentativa de golpe, é mais fácil perceber a diferença no site e, pode-se então, evitar transtornos saindo da página sem fornecer seus dados. Outra recomendação é que os clientes acompanhem os lançamentos nas contas bancárias e, caso seja constatada alguma anormalidade, entrem em contato com o banco, imediatamente, para informar o ocorrido.

Também nas redes sociais existem fraudadores. Eles costumam criar páginas falsas. Uma forma eficiente de análise é perceber erros de português e a disposição das informações, muitas vezes fora do padrão da rede. Tenha cuidado na exposição de seus dados na internet e, caso se utilize de lan houses, ao deixar o local é importante ter certeza que saiu do perfil e não deixou nenhuma senha gravada. Tente “limpar” os históricos quando navegar em computadores desconhecidos, aconselha a Febraban.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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