RIO – Há apenas uma semana o blogueiro Slim Amamou estava na cadeira de um dos centros de interrogatório do Ministério do Interior em Túnis, com as mãos atadas e ouvindo gritos que, segundo seus algozes, eram de parentes sendo torturados. Nesta terça-feira, ele assumiu o cargo de ministro da Juventude e do Esporte no novo governo tunisiano.
O caso do dissidente é um dos que elucida melhor as mudanças em curso na Tunísia, que tenta sustentar um governo de coalizão após a fuga do ditador Zine el-Abidine Ben Ali.
“Partisan da neutralidade na internet”, como se autodemomina, Amamou e seus outros colegas blogueiros conseguiram nos últimos anos fazer circular informação em meio à ditadura de Ben Ali, dona de um dos mais avançados sistemas de repressão on-line do mundo, capaz de fazer inveja até a China e Coreia do Norte.
Numa dessas ações do regime, ele ficou preso entre 6 e 13 de janeiro, já com o país imerso na onda de protestos que levaria à fuga de Ben Ali para a Arábia Saudita.
– Foi psicologicamente muito difícil, não podíamos dormir e ficamos sentados em uma cadeira com as mãos amarradas por cinco dias – disse Amamou. – Você ouve gritos de pessoas sendo torturadas em outras salas, e eles fazem você acreditar que são da sua família.
Ao assumir o cargo, o blogueiro afirmou que não será radical como outros membros da oposição, que se retiraram do governo de coalizão devido à manutenção de ministros do partido de Ben Ali.
– Isso é uma coalizão de governo. Então é claro que as pessoas não estarão completamente de acordo com a composição do gabinete – explica.
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