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Metrô prometido por Serra não tinha sequer projeto básico

Da Folha

Metrô agora prevê linha 6 só para 2017

Estado diz que obra entre Brasilândia e São Joaquim deve começar em 2013 para ser entregue quatro anos depois

Gestão Alckmin revela prazo que considera ser “realista”; governo anterior dizia que tudo acabaria antes de 2014

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

Brasilândia e Freguesia do Ó, na zona norte, Perdizes e Pompeia, na zona oeste, ainda terão que esperar seis anos para utilizar a prometida linha 6-laranja do metrô.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) revelou ontem uma programação “realista” para esse projeto sair do papel: as obras devem começar em 2013 e a primeira etapa só deve ser concluída em 2017.

Ou seja, a ligação de 15 km de Brasilândia a São Joaquim estará disponível apenas no penúltimo ano de mandato do próximo governador.

AlinA linha 6 foi anunciada com alarde em março de 2008. O governo José Serra (PSDB) estimava que as obras começariam em 2010 e terminariam de 2012 a 2013.

Após atrasos na contratação de projetos, a última previsão divulgada pela gestão passada era que tudo ficaria pronto até 2014, ano da Copa.

Ao assumir a pasta dos Transportes Metropolitanos do governo Alckmin, Jurandir Fernandes admitiu que esse prazo não seria possível -mas não fixava datas. A avaliação é que não há como entregar antes de 2017.

Segundo ele, não se trata de falta de empenho, mas de uma visão “com muita clareza” sobre uma proposta que ainda não tem projetos concluídos nem licitação pronta.

“Existe vontade política do governador, existem recursos possíveis, existe um mercado que quer. É uma questão de “timing”. Tem que fazer um projeto básico que demora isso. Tem a licitação que demora aquilo”, disse.

“Não vi até agora nenhuma linha de metrô ser feita em menos de cinco anos. Você faz extensões. Mas uma linha completa leva de cinco a oito anos”, afirmou ele.

O secretário alega que, apesar da demora, a linha “vai se tornar irreversível”.

EXTENSÃO

A 6-laranja é conhecida como a linha das universidades -passa, por exemplo, pela PUC, em Perdizes, e pelo Mackenzie, em Higienópolis.

O projeto básico dela está na reta final. Neste semestre será lançada uma pré-qualificação de empresas interessadas. Depois, a contratação das obras -que pode ser com parceria público-privada.

O governo estuda a inclusão de duas extensões da linha 6. Do lado leste, no sentido Anália Franco; do lado oeste, no sentido “Piritubão” (complexo de convenções planejado pela prefeitura).

Mas, diz Fernandes, a previsão para 2017 se refere só ao “coração da linha”, entre Brasilândia e São Joaquim. “As extensões ficariam para uma segunda fase”, afirma.

Outros projetos divulgados na gestão passada já tiveram prazos revistos. Entre os que não ficarão mais prontos até 2014 estão a extensão da linha 5-lilás e a 15-branca. 

Luis Nassif

Luis Nassif

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