O que ocorria no Brasil em 1916!, por Rogério Maestri

Por Rogério Maestri

Para aqueles que acham que no passado tudo era uma verdadeira beleza, coloco uma notícia publicada no Correio do Povo em 1916 que foi replicada no dia 03/04/2016 demonstrando como era “imune a corrupção” a chamada República Velha, chamo a atenção que desde aquela época os representantes do povo de Minas Gerais eram já os mais insistentes na cobrança de suas propinas.

Redação

Redação

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  • O nosso negócio...

    Não li o livro mas uma grande amiga leu. Do livro que descrevia a situação política do Brasil na primeira república _ da proclamação até 1930 _ ela me passou a seguinte citação:

    "Os paulistas sempre se utilizaram da política para melhorar seus negócios, já os mineiros faziam da política seu próprio negócio".

    Hoje em dia parece que os paulistas estão mais eficientes em fazer da política o seu negócio do que os mineiros, afinal estão aí super eficazes em seu golpe paulista contra a presidente eleita.

     

  • Desnecessário.

    Poderia entrar no Panama Leaks que seria melhor do que uma notícia do início do século passado...

     

    • Claro Manuel, é melhor sempre ter a última fofoca política do

      que analisar a história política.

      Ora Wikileaks, SwissLeaks, PanamaLeaks, depois deste vem o BostaLeaks é uma forma que os USA inventou para encobrir todos os seus escândalos de corrupção, desgoverno, intervenções e massacres.

      Se noticia um fato, por exemplo que o Navio Norte-Americano que explodiu em Cuba no início do século XX dando origem a sistemática intervenção dos USA na América Latina através da Guerra dos USA versus a Espanha, é revelado pela imprensa norte-americana, é um deus me livre um que horror e não passa disto. Quando o pessoal começa a pensar nas causas e consequências, vem o falso incidente da Coreia, que por sua vez é encoberto pelo do Vietnã, ou seja, uma porcaria esconde a outra.

      Publicar que a família real saudita tem dinheiro em paraísos fiscais, ou que alguns oligarcas russos surgidos com o fim da União Soviética são corruptos, é o máximo, porém só os idiotas que não sabiam disto.

      O mais interessante de tudo seria um trabalho histórico mostrando como os grandes capitalistas e seus lacaios corruptos escondem o seu dinheiro. No início do século XX se guardava em Libras Esterlinas ou em diamantes, hoje são em paraísos fiscais, nada de novo uma mesmice a toda prova.

      Este tal de consórcio de jornalistas investigativos que guarda a sete chaves os nomes para solta-los a sua conveniência é que fede mais do que o dinheiro sujo, pois nunca vão divulgar o dinheiro que seus patrões tem nos mesmos paraísos fiscais.

      Logo meu amigo, quando chegar a BostaLeaks avise-me pois aí é que vai feder.

      • Perfeito, Rogério.
        Com a

        Perfeito, Rogério.

        Com a minha tosca percepção,  bastou a informação de que a PanamaLeaks era trabalho de um grupo de "jornalistas investigativos" sediado em Washington para me desinteressar por completo sobre as "revelações" bombásticas. Armação patrocinada pelos mesmos que nunca aparecem em listas da espécie. Pensei até na hipótese de o Lula ou algum dos seus filhos aparecer nessa obscura relação em momento mais oportuno. Quem sabe?

  • Parabéns

    a anilina, que nesse caso não deixa as coisas mais brancas, contnua impávida e perfeita para nossa elite.

  • Propina e Jogo do bicho: tudo

    Propina e Jogo do bicho: tudo a ver.

     

    O Império Romano, no seu auge, tinha pór volta de 60 milhões de pessoas, distribuídas por quase cinco milhões de quilômetros quadrados, uma enormidade de línguas, costumes e culturas, e tudo administrado por apenas dez mil funcionários. Mas, como?

    As legiões romanas eram particulares. A governabilidade romana, em sua maioria era feita da elite dos próprios conquistados; claro que com a presença ameaçadora de partes ou legiões inteiras; do emissário direto do Cesár, como Pôncio Pilatos, o mais famoso deles, e um poder de corrupção descomunal onde mãe entregava filho, filho entregava pai, tudo por uma cidadania romana e... dinheiro. O dinheiro foi a alma de Roma; e por ele a ascensão social e até política, permitida aqueles descendentes, na maioria das vezes já na primeira geração. E a corrupção.

    Quando Tomé de Souza aportou na Bahia de Todos os Santos, Portugal ainda era uma potência e livre, sem o assédio que passou a sofrer a partir de 1580, ora de Espanha, ora da Inglaterra, e quase sempre de ambas; e foi a primeira nação moderna a se formar na Europa ao fim da Idade Média. Portanto, trazia todos os vícios e costumes, não somente da Idade Média como ainda da própria Roma, desaparecida há quase mil anos antes, na sua parte mais simbólica, o Império do Ocidente, ou Roma de fato. E vieram as propinas. E não somente as propinas. Pra financiar a extensa e perigosa - porque recheada de mecenários estrangeiros - máquina administrativa lusitana, até o jogo era estimulado, como as cartas de jogar e um tal de solimão que até agora não descobri que diabos de jogo é este.

    Em 1658, (Docs. Hists., BN-Rio, vol. 03, p.403) a coisa em meu Sergipe andava complicada. A duplicidade de cobrança de impostos sobre o gado (Sergipe cobrava, e a Bahia também se achava no direito de o fazer por achar Sergipe uma capitania sua), levou àquela que considero a primeira rebelião de cunho nativista do Brasil, já que nenhuma outra encontrei contra o governo portugês, antes dela, que explodiu em 05 de novembro de 1656. O Governo geral, pois, ficou com os nervos à flor da pele, e, tecendo meio mundo de advertências ao capitão-mor a cada correspondência. Esta em tela é interessante porque, ao mesmo tempo em que ameaça ao dito capitão-mor, promete-lhe que se for bonzinho, será liberado para explorar bancas de jogo na capitania (04/01/1658).  A coisa em fins do século XVII já havia saído completamente do controle, e, em 28 de novembro de 1695 (Docs. Hists. BN-Rio, vol. 90 pp.274/275), o rei D. Pedro II (o de Portugal), já mandava proibir em todo o Brasil que capitães-mores e qualquer outro tipo de oficial fossem donos de bancas de jogo. Deve ter dado uma dor de cabeça daquelas.

    Logo, a propina como forma de corrupção é uma cultura; pra acabar com isso é necessário bem mais que as tais "leis duras", só pra enganar otário; do denuncismo desvairado, quase sempre criminoso e aviltante, além de na maioria das vezes, injusto; ou mesmo a penalização. Seria de bom alvitre que relessem Machiavel. E tivessem humildade em segui-lo.

    P. S. O uso do exemplo do Jogo do Bicho aqui nada tem a ver com o relatado do séculos XVII e sim com a metodologia. O Jogo do Bicho tem esse nome por ter sido uma piedosa ideia pra arrecadar dinheiro pro zoológico do Rio de Janeiro. Abcabou-se a necessidade do zoo, mas dos cambistas, não. E agora temos mais uma crise política, em parte causada pelo Jogo do Bicho: desde o Goiás e Brasília ao Rio de Janeiro.

  • vou colocar várias cópias por

    vou colocar várias cópias por debaixo das portas de gabinete da minha repartição. É bom sempre lembrar para uma ¨turminha¨ que a corrupção não nasceu como o petismo no poder, mas fruto de quem já nasceu  escória no meio da roubalheira

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