Jornal GGN – Levantamento do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) mostra aumento na inadimplência no ensino superior privado, a primeira alta desde 2008. No ano passado, 8,8% dos estudantes estavam com o pagamento atrasado de suas mensalidades em mais de três meses, taxa que era de 10% em 2008 e registrou quedas até chegou a 7,8% em 2014.
Para o diretor do Semesp, Rodrigo Capelato, a crise econômica e a no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) são as responsáveis pelo aumento da inadimplência no setor, que foi mais elevada que a média de outros setores em 2015, em torno de 6,2%.
Capelato afirma que as mudanças no Fies impactaram na inadimplência já que, a partir de 2015, o programa passou a ter um controle mais rigoroso de seleção. ““Os alunos que ingressaram entre 2014 e 2015 entraram sem saber se conseguiriam o Fies. As instituições deram bolsas e crédito estudantil, mesmo assim ainda houve aumento na inadimplência”, afirma. Para a Semesp, a expectativa é que a inadimplência se mantenha estável, na casa dos 9%.
Da Agência Brasil
Inadimplência no ensino superior privado tem primeira alta desde 2008
O levantamento mostra que as instituições de pequeno porte, com até 2 mil alunos, são as que mais sofrem com a inadimplência, com um índice de 10,4%, em 2015. Nas instituições de grande porte, o índice ficou em 7,1%.
Para Capelato, as mudanças no Fies tiveram grande impacto na alta da inadimplência. A partir de 2015, o programa, que oferece financiamento a juros baixos e condições melhores que as de mercado para estudantes, passou a ter um critério de seleção mais rígido. “Os alunos que ingressaram entre 2014 e 2015 entraram sem saber se conseguiriam o Fies. As instituições deram bolsas e crédito estudantil, mesmo assim ainda houve aumento na inadimplência”, diz.
De acordo com Capelato, atualmente, cerca de 25% dos estudantes de instituições privadas são beneficiados por crédito estudantil. “Muitas instituições tiveram que dar ajuda com créditos estudantis. Basicamente, ao invés de pagar em quatro anos, o estudante paga o curso em oito. Isso faz com que o impacto da mensalidade na renda seja menor, fique mais fácil de pagar e a inadimplência, menor”, disse.
Além de aumentar a inadimplência, a crise financeira também teve outro impacto no setor. “As pessoas ficaram com medo de ingressar no ensino superior, ficaram com medo de perder o emprego ou de assumir uma dívida e a família não conseguir arcar devido a perda de renda”.
A expectativa do Semesp é que em 2016 a indimplência mantenha-se praticamente constante no setor, atingindo o patamar de 9%.
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Tudo está ligado
Se os trabalhadores ganham menos, eles gastam menos, se gastam menos, o comerciante vende menos, ou tem mais calotes . No final das contas, o empresário direitista perde mais com a crise do que o trabalhador. Só o empresário que exporta não é afetado por este ciclo.
Tudo está ligado, não se pode prejudicar um extrato da sociedade sem prejudicar os demais. Isto nos dá a certeza que a crise permanecerá enquanto houver desemprego alto, e que algum dia, os caso os empresários queiram sair da crise, acabarão tendo de diminuir o desemprego, ou exportar mais.