Interesse em patentes de vacinas, apoiado por Bolsonaro, hoje prejudica Brasil

Jornal GGN – Jair Bolsonaro defendeu os direitos de propriedade de grandes laboratórios, as chamadas patentes, sobres vacinas nos últimos meses. A preservação de tais interesses concordava com os objetivos de países ricos, como os EUA de Donald Trump. Do outro lado, a Índia buscava acabar com as patentes, permitindo que produções genéricas fossem feitas por outros laboratórios ao redor do mundo.

Hoje, a chegada das vacinas contra a Covid-19 em países subdesenvolvidos enfrenta barreiras graças à este empenho de países ricos a favor de grandes laboratórios, apoiados por Bolsonaro, impedindo o abastacimento global do imunizante.

A análise foi levantada por Jamil Chade, em sua coluna para o Uol. Ele relata que durante uma reunião fechada da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, Suíça, nesta terça (19), o representante indiano disse que “o pior dos pesadelos” se confirmou.

“Um grande número de instalações de fabricação em muitos países com capacidade comprovada para produzir vacinas seguras e eficazes são incapazes de utilizar essas capacidades devido a novas barreiras de propriedade intelectual”, afirmou a Índia, no encontro.

A proposta indiana foi apoiada por países como África do Sul, Afeganistão, Paquistão, Zimbábue, Egito, Mongólia, Chade, Indonésia, Nepal, Bangladesh, Sri Lanka, Camboja e Venezuela, além da própria OMS. Mas o Itamaraty ficou em silêncio durante a reunião.

Isso porque “elevar o tom das críticas, neste momento, poderia atrasar ainda mais o acesso aos imunizantes e enterraria o país para o final da fila na lista de pedidos que os indianos têm recebido”, alertou Chade.

 

Redação

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  • É mais um ponto contrário para ele, conforme piorarem as coisas nos dias que se seguem e é claro que os laboratórios irão atender, na ordem de seus contratos já assinados. Mas que vai pesar fortemente contra o irresponsável, em sua provável queda de popularidade.

  • Somente um fato é certo, o animal não é capaz de acertar a cada vez que abre a boca.
    Este comportamento de lambe-botas (aquele que ninguém respeita) em relação ao louco varrido que respondeu, e mal, pelos usa durante 4 anos, foi e continuará sendo um fator primordial a cada vez que o país precisar sentar à mesa para participar de uma negociação qualquer.
    É óbvio que o país terá muito a perder, mas e daí, não é mesmo ? O menininho maluquinho só não pode contrariar os interesses da banca, para o resto ficará valendo o E DAÍ, porque o resto não é gente.

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