Antonio Lassance analisa pesquisa realizada pela SECOM (secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), que revela o quanto crítico as pessoas podem ser em relação as linhas editoriais da imprensa conservadora, o quanto a opinião pública percebe que aquilo que é, muitas vezes, veiculado, sistematicamente, como “verdade” pela mídia, pode significar o contrário para as pessoas comuns: uma campanha mentirosa.
Um número interessante é o que aponta que cerca de 80% das pessoas não acreditam ou acreditam muito pouco no que é veiculado pelos meios de comunicação e que cerca de 60% das pessoas crêem em manipulação no que é publicado.
Um ponto muito caro à velha mídia: a perda sensível de credibilidade, do velho selo: publicou é verdade! As pessoas, em sua grande maioria, estão dando conta que aquilo que veem diariamente, massivamente disponiblizado 24 horas por dia como “verdade absoluta”, nada mais é do que apenas mais uma versão, servindo a algum interesse.
Pior cenário: as pessoas não estão se identificando em um cenário político, econômico e social pintado pelos grandes meios de comunicação, não se enxergam nas realidades de crises artificiais criadas nas redações do jornalismo do “quanto pior melhor” ou do “é bom, mas é ruim”…
Resultado inquestionável do caminho segmentado e profundamente comprometido com interesses políticos e econômicos diversos e contrários à maioria dos leitores, que a imprensa conservadora brasileira vem apostando (e perdendo), para disseminar seus ideais baseado no convencimento através de uma (des)informação sem nenhuma conexão com a realidade.