Ela começou há séculos e o êxito do Exmo. Sr. Presidente Lula e a vitória da Exma. Sra. Presidenta Dilma apenas deram um novo, e talvez sem precedentes, fôlego para esta campanha a que me refiro e na qual sempre estive e estarei engajado desde sempre e para sempre.
A campanha a que me refiro é contra o colonialismo mental e moral, contra o complexo de vira-latas.
É contra a castificação e o ódio classes.
Contra o maniqueísmo, a simplificação manipulativa do mundo em bem e mal, verdade e mentira, heróis e vilões, esquerda e direita, a dogmatização, a visão por um lado fragmentária da vida e por outro monolítica da tal moral, de conceitos e preconceitos, a mecanização do humano.
Componentes que acredito emburrecedores deste país e da humanidade e cuja discussão permanente tem, na minha humilde opinião, importância ainda maior para o destino do Brasil e do planeta que quaisquer fatores macro, micro, meso-econômicos que venhamos a discutir.
Porque o presente pode e deve ser permeado por diversas discussões temporais e pragmáticas.
Mas o futuro, o destino, o longo prazo é todo feito de intangíveis.
São os intangíveis que viabilizam a construção do palpável, do tangível, dos “pés-no-chão com pão-na-mesa e paz-na-alma”, em bases sólidas e sustentáveis.
E não foi me dado conhecer nos meus 40 e poucos anos de vida alguém que encarnasse tão bem e consistentemente – e cada vez mais ampla e profundamente – todo este imenso leque de “quebra-paradigmas” quanto o Exmo. Sr. Presidente Luís Inácio Lula da Silva.
E falo disso em escala histórica e planetária.
No que se refere ao Brasil, o recém-findo Governo teve ainda a capacidade de reinaugurar, mais de 30 anos depois – ou mais –, as expressões “interesse nacional” e “visão estratégica”.
Além de fundar em bases consistentes um processo seminal – que tende e deve ser aperfeiçoado – de evolução democrática pelo hábito contínuo de auscultar a sociedade através das Conferências Nacionais e suas variantes.
Vale ressaltar, que nada disso me parece surgido por súbito lampejo ou fruto de quaisquer condicionamentos contextuais ou macroambientais.
Toda a história do Exmo. Sr. Presidente da República – desde a fundação do Partido dos Trabalhadores -,
tudo isso apontava para sua obra ora realizada.
Obra que conseguiu, apenas, surpreender mais uma vez a maior e sobreviver – pagando altos preços, porém válidos já que sem outra opção, enfim – a seu único possível algoz: as forças enraizadas da cegueira nacional e dos interesses coloniais/colonizados de sempre.
E fico muito preocupado com toda a discussão sobre o legado dos Governos Lula.
Discussões que são, sem dúvida, importantes, mas não podem encobrir o legado maior que está na quebra seqüencial e persistente dos principais paradigmas que sempre entravaram o aproveitamento pleno do gigantesco potencial deste país e sua gente.
Tenho como “imperativo nacional pessoal” o exorcismo destes velhos paradigmas e a entronização dos novos.
Acredito que a qualquer descuido, ao menor vacilo, os moribundos fantasmas voltarão a assombrar nosso tão jovem promissor destino de “ex-País-do-Futuro” – como os incidentes imediatamente após as nossas eleições e os acontecimentos que se sucedem nos Estados Undos (que em muitos pontos guardam intensa relação com nossa realidade de agora) não se cansam em avisar.
E vou insistir e persistir nestes temas, mesmo que – se necessário – como voz dissonante, “ingênua”, “romântica”, sem eco e isolada até.
É esta a campanha na qual estou e continuarei engajado.
O êxito dos Governos do Exmo. Sr. Presidente Lula e a vitória na recente campanha eleitoral apenas deram um novo – e talvez sem precedentes – fôlego para a campanha maior a que continuo a me dedicar.
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