Elite infiltrada, esquerda derrotada

Elite infiltrada, esquerda derrotada

Até que começou bem, inicialmente foi um governo de revolucionários, esforçado, determinado, um governo criativo, pronto e ávido pra provar que era possível, que valeria a pena subverter, se flexibilizar e compor pra conquistar e construir.

Não tardou, e apesar das armadilhas veio o sucesso, o justo reconhecimento, os elogios,  a defesa de seu exército de soldados anônimos e abnegados. Depois se seguiram o adesismo, o oportunismo, a perigosa unanimidade, a arrogância, a perda do senso crítico e de oportunidade, o senso de urgência, a perda da relevância, do sonho, da prioridade, sobrevieram  então, finalmente, a  alienação e a perda de identidade.

Hoje, passado um tempo, seus soldados despem-se de suas vestes sem mesmo terem tido a chance de se certificarem da vitória, colocam-se em pijamas, são obrigados a abraçar o inimigo, a rever seus sonhos, e sem saber quando e porque foi assinado um armistício, veem-se meio que traídos pelos generais que, já pela idade avançada, de vida resolvida e biografia escrita, seguem calmos e tranquilos, gordos e flácidos, lentos e pesados pelos seus últimos anos de rega bofes, salamaleques e comilanças servidos na corte.

Meu srs, sras, papai, mamãe, filhinho, lamento informar a todos que o governo de esquerda, ou progressista,  no Brasil, esta em estado terminal, e junto com ele, lentamente, estão indo aquelas benéficas bactérias, nossos lactobacílos vivos, os tais sujinhos. 

Sujinhos que, dum dia pro outro, por estarem presos a um organismo decadente, também parece que perderam a essência do sonho, o ideário, pra se tornarem, hoje, paulatinamente, meningococos nocivos, destes que outrora já haviam contaminado também a imprensa dita livre, para se resumirem a meros “chapa branca”.

senão vejamos:

Gerar polêmica em temas menores, como o de ficarem por horas discutindo a seriedade das piadas de nossos PALHAÇOS sem graça; tentar calar seus opositores – justamente aqueles que se expõem – na marra, na base do exagero, e da polêmica; fingir que não estão vendo a corrupção e ineficiência de seu líderes; defender companheiros que já se provaram aéticos e sem limites; tentar abafar a ajuda feita a banqueiros; encarar o nepotismo dos filhos, o tráfego de influência e a adesão de INIMIGOS em suas fileiras ..estes e outros sintomas de pura decadência, como se fossem acontecimentos triviais.

Assim, diante deste quadro bizarro, não vejo outra forma que não a de prenunciar que o fim, para o exército de  nossos microscópicos sujinhos,  que o fim esta próximo. Ainda mais agora que, nas últimas horas, sequer deram bola pra um coronel que, agorinha, assumiu ter atrapalhado as investigações pra ajudar a outro que era casado com um aparente sonegador..

..e PIOR, muito pior, pior ainda vermos que nossos unicelulares deram a defender, só por birra e politicagem, deram a defender a instalação de Estação de Metro num bairro que há décadas é bem servido por outras 3 (e com boa vontade, outras 5 estações), num que, de todos do Brasil, foi dos que mais esperimentou só pra si e pra seus ilustres moradores, a sensação plena de cidadania, um bairro que de renda per capita é capaz de se apresentar como um dos mais altos do planeta..

..e eis que pra estes, e não para os da periferia, pro povo sofrido que perde 5, 6 horas no trânsito diário de SP, expremidos em ônibus fétidos que circulam em puxadinhos mambembes, mal feitos e de improviso, apelidados de corredores de ônibus, cujas tarifas ainda são as mais altas desta nobre nação, que pra estes, os nossos “meningôs” tentam pedir agora de mais benefícios ainda..

pois bem ..

Triste, triste mesmo ser o portador desta infeliz notícia,  mas penso que a realidade esta aí, e se há uma mínima chance de recuperação deste autêntico exército que um dia sonhou pela redenção da Nação, penso que o primeiro passo é nos conscientizarmos de que o quadro é grave, e necessita de intervenção. 

ps – e aqui, uma das últimas imagens de um de nossos soldados, um dos que antes bradavam que “há que se endurecer, mas sem perder a ternura”, e que hoje deu lugar a uma onda de frescura em que só se sabem se pedir, se justificar e reclamar,  chorar e lamentar, uns que de soldado se resumiram a pequenos e doces, meigos poetas fazedores de casos sem causa, duma mídia de faz de contas.