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Escândalo da Monsanto na União Europeia pode falir a agroindústria brasileira.

Escândalo da Monsanto na União Europeia pode falir a agroindústria brasileira.

Um relatório completamente parcial pode criar um caos na agroindústria brasileira, esta é uma das conclusões que se pode obter a partir de um “estudo” apresentado pela comissão de segurança alimentar da União Europeia que em 2015 simplesmente copiou-colou grande parte de um relatório da empresa Montesanto de 2011 que é a proprietária da patente do Glifosato.

O famoso herbicida Roundup, desenvolvido, produzido e comercializado pela Monsanto é baseado no princípio ativo Glifosato. Já há bastante tempo as ações sobre seres humanos deste princípio ativo vem sendo estudado por inúmeros pesquisadores e em muitos estudos é atribuído a este entre vários motivos a intensificação da incidência de câncer e deformações congênitas em fetos.

Na verdade, a Monsanto atua em duas pontas, primeiro ela vende o herbicida Roundup que só pode ser aplicado na Soja Roundup Ready® (soja RR) que é uma patente também da Monsanto.  Em resumo a produtividade maior da soja RR só é obtida com o uso do herbicida Roundup, e o uso desse herbicida só é possível na soja vendida pela Monsanto.

Que os nossos agricultores morram mais de câncer e nossas crianças sofram de deformações congênitas é um problema brasileiro que teoricamente é controlado pelos sistemas de controle do governo federal e estaduais no Brasil, mas o problema é outro. Nos produtos alimentares pesquisadores europeus acharam resíduos de glifosato e começam a pensar a proibição não só do uso dos glifosatos na agricultura, mas como também nos produtos que utilizam grãos de soja.

Mas voltando ao assunto inicial, a licença para o uso de glifosato expira no fim deste ano e a agência de controle vinculada a comunidade europeia entregou aos deputados europeus um relatório de 2015 que tirava a responsabilidade deste herbicida dos riscos que a Organização Mundial da Saúde já havia advertido, porém há poucos dias a imprensa europeia descobriu que o tal relatório tem praticamente 100 páginas de texto copiada INTEGRALMENTE de um relatório que a produtora do herbicida, a Monsanto, tinha feito em defesa de seu produto com mais de 50% dos autores “científicos” sendo PAGOS PELA MONSANTO, ou seja, uma claríssima situação de conflito de interesses.

Conforme a decisão do Parlamento Europeu não só o Roundup pode ser proibido mas como produtos em que foram utilizados este herbicida, pois simplesmente tanto a Direction générale de la concurrence, de la consommation et de la répression des fraudes (DGCCRF) francesa como o Department for Environment, Food & Rural Affairs and Health and Safety Executive inglês detectaram traços deste herbicida em produtos alimentares como na maior parte dos exames de urina de cidadãos franceses foram detectados traços do mesmo herbicida.

O que interessa isto ao Brasil? Muito simples, se proibido o uso do Roundup na Europa, poderá ser proibido também a importação de produtos do agronegócio brasileiro como a soja, óleo de soja e outros derivados, assim como a importação de carne de porco e aves. Logo toda a agroindústria brasileira poderá praticamente ruir pela queda de preço internacional de seus produtos.

Redação

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