Atualizado às 20:00 com resposta do BNDES
Jornal GGN – Duas fabricantes de medicamento à base de hidroxicloroquina, Apsen e a EMS, receberam quatro empréstimos de R$ 283 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2020, ano em que o governo federal contratou o medicamento para o combate à Covid-19, mesmo sem eficácia comprovada. Em nota, o BNDES negou qualquer irregularidade, leia a íntegra do posicionamento abaixo.
Desde o início da pandemia, no entanto, o uso da hidroxicloroquina é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para casos da doença, o que impulsionou as vendas do medicamento. O BNDES, a Apsen e a EMS afirmaram que a contração dos empréstimos não têm relação com a produção de medicamentos a base de hidroxicloroquina.
Segundo o banco “todos os pleitos financeiros são sempre submetidos à exame técnico de equipe especializada, que considera a viabilidade técnica, financeira e jurídica dos projetos, com base no seu conhecimento sobre o mercado, bem como da consequente aprovação do colegiado competente, em linha com a governança interna do BNDES”.
Conforme apurado pela Folha de S. Paulo, três dos empréstimos – um para a Apsen, de R$ 94,9 milhões, e dois para a EMS, de R$ 81,4 milhões e de R$ 47,8 milhões – foram contratados em fevereiro do ano passado. Ainda, de acordo com o BNDES, esses três financiamentos foram pedidos e aprovados em 2019.
Leia a íntegra do posicionamento do chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde do BNDES, João Pieroni:
“A reportagem de ontem sobre o apoio do BNDES à Apsen Farmacêutica é revoltante e um desserviço ao debate público.
As duas operações de financiamento contratadas com a Empresa foram protocoladas no BNDES nos dias 27/06/2019 e 30/08/2019. Ou seja, o processo de análise das operações ocorreu em um momento bem anterior à pandemia.
A contratação da primeira operação, cuja finalidade é o “Apoio ao Plano de Investimento em Inovação da Apsen, durante o triênio 2019-2021”, no valor de R$ 94,8 M, foi realizado no dia 10/02/2020. A liberação de recursos no valor de R$ 20 M ocorreu em março, depois de cumpridas as condições prévias necessárias.
Além de ser um investimento visando o longo prazo, solicitado e contratado antes da pandemia, a finalidade do financiamento é restrita às atividades de P&D de novos medicamentos e não pode ser aplicada a medicamentos pré-existentes.
Todas as informações do contrato estão disponíveis no portal da transparência do BNDES e foram informadas previamente ao jornalista, que optou por outro caminho.
Ainda ontem, o BNDES esclareceu esses pontos em sua conta do Twitter:
https://lnkd.in/eSXxfje
O BNDES possui um processo técnico e colegiado de decisões. Estamos abertos para fornecer mais informações para a sociedade.”
Agência coloca prognóstico em patamar positivo; caso mudança de nota de crédito se confirme, país…
Presidente fala sobre temas que interessam ao Brasil e ao Japão às vésperas da visita…
Isenção tributária chega a quem recebe até dois salários mínimos no mês; em SP, presidente…
Soltura de mosquitos infectados está programada para ocorrer em julho; objetivo é reduzir casos a…
Vereadores discutem mudar legislação para que capital paulista seja inclusa no plano de venda da…
Trabalho da Corregedoria do CNJ pode abrir caminho para ação na esfera penal contra o…