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GILSON CANTARINO

Trabalhei com o Gilson e enfrentei, com àquela equipe, muitos desafios e tivemos êxitos e insucessos, contudo, o que mais me marcou, e trago comigo, daquele período foi o grande comprometimento com a coisa pública, coletiva e cidadã, com o SUS e a Reforma Sanitária Brasileira.

O Gilson não atuava apenas como um exemplar gestor público, mas fazia questão de ser seu colega de trabalho, que no meu caso, e de muitos, virou camarada e depois amigo. Tanto o era que a sua expressão amiga se traduziu num programa interno na área de gestão de pessoas e qualidade de vida no trabalho: ‘O Pertinho de Você’.

Em síntese o programa cuidava holisticamente dos servidores e colaboradores da SES/RJ. Não vi nada semelhante voltado aos trabalhadores públicos em outras instituições. Foi o embrião de várias ações voltadas para o bem-estar e saúde dos trabalhadores e porta de lança para a construção e desenvolvimento de ações de desenvolvimento de pessoas e do trabalho. Na sua gestão Gilson Cantarino abre às entidades sindicais, do funcionalismo da saúde, a criação da Mesa Estadual de Negociações do SUS, que foi o fórum propulsor de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, uma luta que até hoje é perene na resistência dos trabalhadores do SUS do Rio de Janeiro.

Gilson me deu a honraria, com outros colegas, de uma medalha e diploma de méritos por bons serviços prestados à causa da saúde da população do Estado do Rio de Janeiro, e naquela solenidade, no Estádio Caio Martins, na cidade de Niterói/RJ, selamos um companheirismo que perdura até os dias de hoje.

A SES/RJ pode até ser definida como ‘AG’ e ‘DG’, antes de Gilson e depois de Gilson Cantarino O’ Dwyer, por que não? Afinal, por cerca de mais de uma década o SUS fluminense e carioca viveu, com sua visão, grandes transformações, sobretudo, na Atenção Básica e nos aspectos inalienáveis de bem saber como gerir o cuidado humano.

Esse artigo, escrito pelo meu amigo e deputado federal Chico D’Angelo, no jornal O Fluminense, que transcrevo na íntegra, faz uma síntese da saga de um grande homem público e resgata a história de um dos melhores secretários de saúde que o Rio de Janeiro já teve, e que de certo deixou legados que não poderiam ficar reservados só àqueles, que como eu, tiveram a honra de conviver e trabalhar com Gilson Cantarino.

*Autor: Marco Paulo Valeriano de Brito – Enfermeiro Sanitarista, Teólogo Franciscano (O.F.M.), Administrador Público, Educador em Saúde, Pesquisador, Gestor do Desenvolvimento de Pessoas e do Trabalho, Ativista Social e Poeta.

 

 

 

 

Redação

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