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Lenha na fogueira

O presidente coreano está acuado mas confiante em sua escolha de demonstração de força, estratégia aparentemente desesperada e sábia, conforme demonstrado pelas fatalidades resultantes da opção alternativa de Kadhafi e Hussein.

Dias atrás, em represália a novas sanções impostas ao país, ameaçou lançar uma salva de mísseis nas águas em torno da base militar americana de Guam. Posteriormente, no entanto decidiu sustar a ameaça, afirmando que observaria um pouco mais a conduta tola e estúpida dos ianques” antes de ordenar o lançamento – o que seria reativado se os americanos “persistirem em suas ações extremamente perigosas e imprudentes na península coreana”. A consecução da ameaça tenderia a levar o conflito a uma escalada crescente resultante em uma guerra nuclear generalizada.

Hoje, segunda (21), na fronteira entre as Coreias, americanos e sul-coreanos iniciaram exercícios conjuntos de guerra, empreendimento que costuma enfurecer o vizinho. Estão agendados, também, exercícios de fogo conjunto no Japão.

Constituirão tais exercícios “ações extremamente perigosas e imprudentes na península coreana”? O norte-coreano prometeu “ataque implacável” em represália ao “comportamento imprudente que leva a situação para a fase incontrolável de uma guerra nuclear”.

No ano passado, 7 dias após exercícios análogos, a Coreia do Norte detonou uma bomba atômica. No ano anterior, dois soldados sul-coreanos foram mutilados depois que os soldados norte-coreanos atravessaram a fronteira e furtivamente plantaram minas perto do posto de guarda, quando o exercício começou. Um perdeu uma das pernas, o outro perdeu as duas. Em março, os norte-coreanos reagiram disparando 4 mísseis balísticos em resposta a exercícios similares.

Seriam os disparos de mísseis na direção de Guam considerados um ataque direto suscetível de represálias imediatas?

Especialistas informam que a probabilidade de um novo teste com um míssil balístico intercontinental pelos norte-coreanos são muito altas, temendo que uma falha no teste resulte em fatalidade indesejada. Torcem também pela exclusão de provocações, como as realizadas em exercícios anteriores, que incluíam o que chamavam simulações de decapitação, quando encenavam a morte do presidente norte-coreano e de seus generais.

Vai-se, assim, fechando o laço em direção a uma guerra nuclear absurda e indesejada por todos.

Redação

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