Há algumas horas está rolando nas redes um dossiê de documentos sobre os negócios da família Yunes, cujo patriarca, amigo de Michel Temer, confessou-se “mula” de Eliseu Padilha no recebimento de dinheiro trazido pelo doleiro Lúcio Funaro, operador de Eduardo Cunha.
Só a “escalação” do time acima já mostra quanto a gente tem de ser cuidadoso com este assunto, sem querer tirar conclusões precipitadas. Temos, como diz Nassif, de ir desbastando pelas bordas e, por isso, dou minha contribuição.
A empresa Marau Projetos Imobiliários, propriedade da família Yunes, tem agora como sócio Eduardo Sonoda, citado nos Panamá Papers como acionistas da Weko Management, criada pela incubadora de offshores Mossack Fonseca, já de triste fama. No final do post eu reproduzo o diagrama que pode ser visto no site dos Panama Papers.
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Correção no nome da empresa
Nassif,
É necessário uma correção:
O nome da empresa onde Eduardo Sonoda é sócio com o filho de Yunes, Marcos Yunes, é "YS MARAU PROJETO IMOBILIARIO LTDA" (CNPJ: 13.944.462/0001-09).
Abraço.
Boa tarde, Nassif. Os Tabapuã
Boa tarde, Nassif. Os Tabapuã Papers mostram que Andrea Capelo Pinheiro aluga o imóvel de Temer no edifício Spazia Faria Lima, em São Paulo. Andrea Capelo Pinheiro é da família Pinheiro, dona do Banco Pine. A princípio, nada demais. Só que esse Pine é investigado por lavagem de dinheiro na Lava-Jato. Aí, as coisas começam a ficar mais interessantes...
O Banco Pine já funcionou em Miami, na Flórida. Na época, o banco chamava-se First Pine Bank. Precisou sair dos EUA depois de envolvimento com um grande escândalo de corrupção no Chile. Também já fez negócios com o doleiro Toninho da Barcelona, como mostram documentos da CPI do Banestado. Outro cliente do First Pine Bank foi um traficante de drogas chamado Alexis Munoz.
O First Pine Bank não funciona mais nos EUA e, hoje em dia, está no Panamá. Os donos são os mesmos, nomeadamente um sujeito chamado Nelson Nogueira Pinheiro. Acho que ele é o tio de Andrea Capelo. O nome do First Pine Bank no Panamá é FPB Bank. O FPB Bank é o principal alvo da operação Caça-Fantasma, da PF. Na época, o Mainardi chegou a chamar o FPB de "banco da propina". O FPB funcionava legitimamente no Panamá, mas aqui no Brasil operava para o escritório Mossack Fonseca, dizia a PF.
Os documentos do Tabapuã Papers são apenas a ponta do iceberg. Se precisar de alguma ajuda, me fale. Um amigo meu pode ser útil.
Abs.