Ranking de reclamações contra planos de saúde é divulgado

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) disponibilizou em seu site o ranking de reclamações do setor. A notícia é de que as reclamações continuam em franco progresso, com beneficiários recorrendo à Agência quando não conseguem respostas ou soluções de suas demandas. O ranking refere-se ao mês de abril e é realizado mensalmente.

Dividido entre empresas de grande, médio ou pequeno porte, o ranking traz a média de cada fatia do setor. As empresas de grande porte, que congregam o maior número de beneficiários, estão firmes na escalada de aumento de reclamações. Em maio de 2011, o ranking apontava para 0,40% dos usuários insatisfeitos, em abril este índice alcançou um universo de 0,80% do total com reclamações junto à ANS, um aumento de 0,48 ponto percentual.

Operadoras de médio porte também fizeram sua escalada rumo ao desagrado de consumidores. Em maio de 2011 apontavam para 0,32% de beneficiários insatisfeitos e, em abril de 2013 já alcançam 0,92% de todo o conjunto, ou seja,  um aumento de 0,60 ponto percentual.

As operadoras de pequeno porte, por seu turno, estão se comportando de forma diferente. Em maio de 2011 apresentaram 0,39% de beneficiários com reclamações e, em abril de 2013, este universo chegou a 0,78%, aumento de 0,39 ponto percentual. Embora seja superior ao de maio de 2011, nesta base de comparação, as pequenas empresas estão em queda depois de alcançarem 0,83% em janeiro. A diferença entre janeiro e abril deste ano é de 0,05 ponto percentual. Uma diferença bem pequena, mas ao menos demonstra uma certa reversão da tendência apresentada pelas grandes e médias empresas.

Mais reclamadas

Entre as grandes empresas mais reclamadas, o destaque fica com a Sul América Companhia de Seguros Saúde. A empresa atingiu a marca de 6,65% no índice de reclamações, e mantém-se primeira no ranking há sete meses. A operadora de planos de saúde tem 217.290 beneficiários e, em outubro de 2012 estava cotada com 4,81% no ranking. Continuou subindo chegando a 6,41% no mês de janeiro e daí até 6,65%. 

As operadoras entre as dez mais reclamadas (Green Line, Centro Trasmontano São Paulo, Amico Saúde e Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico) mantém-se firmes em suas posições de mais reclamadas, junto com a Sul América. As demais, do grupo de grandes empresas, têm alguma variação no posto que ocupam, porém mantendo-se entre as dez mais. A Amil Assistência Médica Internacional, por seu turno, ocupa a 10ª. posição, após uma pequena parada no 11º lugar.

Médio e Pequeno Portes

A Unimed Guararapes obteve o primeiro lugar entre as operadoras de médio porte em número de reclamações. Seu índice é de 41,90%. Como a operadora mantém 21.653 beneficiários, esta marca indica que 9.073 estão com reclamações ativas na ANS. E bem acima da média do setor para o volume de beneficiários, que é de 0,92%. Real Saúde tem seu índice bem alto, 21,95%, mas é um número inferior ao alcançado em janeiro último, de 29,1%.

Entre as operadoras de pequeno porte, a América Saúde recebeu o pior índice, de 45,92%, porém inferior ao obtido em fevereiro, que ficou perto de 52%. Esta escalada começou em julho de 2012, e só começa a recuar a partir deste mês.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  • Reclamações contra planos de saúde

    Há anos ficou claro que haveria um colapso dos planos de saúde. Há milhões de novos usuários de planos graças ao aumento da renda dos brasileiros, porém a rede de serviços permanece praticamente a mesma de uma década atrás. Em Pediatria, especialidade na qual faltam médicos credenciados, a espera por uma consulta pode demorar semanas.


    Os próprios usuários de planos de saúde colaboram para aumentar a bagunça no setor ao não desmarcarem consultas e exames com antecedência mínima que permita ceder a vaga a outro paciente. Enquanto a ANS não estabelecer um meio para punir os usuários faltosos - cobrança em dinheiro pela vaga de atendimento não utilizada, por exemplo -, esse problema vai continuar. Onde faltam cidadania e atuação firme da agência reguladora, cresce a balbúrdia no mercado. 

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