Política

Brasil deve se tornar mediador para o fim da guerra na Ucrânia e Lula irá dialogar com Biden e Putin

O presidente Lula (PT) deve dialogar com o presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, e também com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de acordo com informações obtidas pelo colunista Jamil Chade, do Uol.

De acordo com relato de três integrantes de diferentes delegações estrangeiras, que estiveram em Brasília para a posse, o novo chanceler Mauro Vieira conversou nesta terça-feira (3) com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e Lula deve viajar para os EUA, onde se encontrará com Biden, em fevereiro.

Lula também disse que pretende manter uma conversa com Putin, mas por meio de ligações telefônicas.

Vale ressaltar que as divergências entre os EUA e a Rússia são a principal causa para a Guerra da Ucrânia.

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Brasil como mediador da crise

José Ramos-Horta, líder do Timor Leste e que foi para a posse em Brasília, ainda teria sugerido sugeriu ao presidente brasileiro que iniciasse uma mediação com líderes da Turquia, Índia, Indonésia, África do Sul e até com a China, para que um grupo fosse estabelecido para buscar uma solução para a guerra na Ucrânia.

Para Ramos-Horta, nem os americanos e nem os europeus podem ter esse papel, já que formam parte das hostilidades. Este grupo, no entanto, seria capaz de ser ouvido.

“Juntos, o Brasil e esses países têm peso e credibilidade no cenário internacional”, disse o vencedor do prêmio Nobel da Paz.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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  • É desconhecimento e ingenuidade achar que Lula ou qualquer outra pessoa conseguirá mediar acordo entre Ucrânia e Rússia.

    Como pode haver acordo se o objetivo de Putin é tomar no mínimo território da Ucrânia, e no máximo acabar com o país.

    Putin só entra em acordo se se sentir já derrotado. E qual presidente da Ucrânia que vai fazer um acordo em que aceita a Rússia comer mais uma parte do seu território, sabendo que o inimigo sequer reconhece a existência do seu país?

  • Recebo com felicidade a notícia que o Brasil vai intermediar um acordo de paz na guerra da Ucrânia, entre os EUA e a Rússia. Isso prova que sempre tivemos uma diplomacia atuante e confiável, apenas estávamos adormecidos. Creio que ainda levará um tempo para retomarmos a nossa melhor forma, mas começamos bem. Mas a alegria deve parar por aí, um pouco de realismo é bom, principalmente em disputas e conflitos complexos como esse.

    Demos um bom ponto de partida: falar com os EUA e com a Rússia, que são os verdadeiros atores do conflito, sendo que os EUA utilizam os Ucranianos como procuradores, ou no jargão popular, bucha de canhão. Depois temos que observar as causas do conflito que, não tenham dúvidas, remetem à expansão da OTAN em direção as fronteiras da Rússia. A OTAN implantada na Ucrânia seria um problema de segurança máxima para a Rússia, seria uma ameaça existencial, ou seja a existência da nação está em risco. Veja bem, a OTAN já está de fato na Ucrânia desde o golpe de 2014, treinando e enviando equipamentos. A coisa complica quando estará de jure, um membro ativo que pode recorrer ao famoso artigo 5º. Seria um problema para o mundo um conflito entre potências nucleares que podem destruir o planeta 10 vezes.

    Os objetivos dos países devem ser levados em conta, enquanto a Rússia quer que a OTAN saia de suas fronteiras, os EUA querem subjugá-la, como fez com tantos outros países. Ao meu ver, nenhum dos dois países em questão poderá ceder em relação às suas metas, para a Rússia seria existencial e para os EUA o fim de sua hegemonia, que já está em processo de declínio ainda mais acelerado agora.

    Como se não bastasse todo esse imbróglio, os russos perderam sua confiança nas lideranças ocidentais, mais ainda agora depois da declaração da ex-chanceler alemã Angela Merkel, afirmando que os acordos de Minsk não foram feitos para resolver o conflito e sim para ganhar tempo de modo a rearmar a Ucrânia para que pudesse enfrentar a Rússia. Ou seja, confirma que essa guerra foi planejada e preparada há muito tempo. Não se enganem, os Russos sabiam e se prepararam também, apesar das declarações do Kremlin de surpresa. Apesar de não ter sido surpresa, confirmou a falta de seriedade em acordos assinados pelos ocidentais e com ampla repercussão no meio diplomático não ocidental, de que não é possível acordo com os ditos civilizados. Como exemplo posso citar JPCOA do Irã, Líbia, acordos INF, tratados ABM, tratado céus abertos, START sob risco, só para ficar com alguns.

    Se o Brasil conseguir um acordo que pelo menos mantenha esse conflito congelado será a maior vitória diplomática de uma nação no século XXI. Mas por enquanto estou realista e com os pés no chão, a possibilidade é mínima.

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