O terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende não só priorizar a reforma tributária como fazer do crédito uma alavanca de desenvolvimento sustentável, segundo o ex-ministro Fernando Haddad durante encontro com banqueiros em São Paulo nesta sexta-feira (25/11).
Representando o presidente eleito, Haddad disse acreditar que é preciso ter uma agenda séria com o setor bancário, usando todas as ferramentas disponíveis e a expertise obtida pelo setor desde os tempos de hiperinflação.
“Agora, nos valendo da tecnologia disponível, por tudo que foi apresentado aqui agora, nós podemos continuar uma agenda forte para baratear o crédito no Brasil”, disse o ex-prefeito.
E o crédito é uma dessas ferramentas – segundo Haddad, o Brasil ainda tem muito que fazer nessa categoria, por mais que o acesso tenha avançado ao longo dos anos.
“Eu diria que a questão da intermediação do estado, no que diz respeito ao orçamento público, se completa com a intermediação financeira a partir de um sistema de crédito robusto mais acessível, com menos spread, mais racional. Isso passa pela agenda da inadimplência, sobretudo das famílias pobres”, explica Haddad.
Haddad lembrou que as famílias que ganham até três salários mínimos estão “fortemente endividadas” e não necessariamente com os bancos, mas com contas básicas, como crediário e concessionárias de serviços públicos (água e luz).
“A agenda de adimplência, de crédito, de acesso ao sistema bancário. Eu acho uma tarefa essencial, porque é outro pilar de sustentação do desenvolvimento econômico no Brasil e nós estamos dispostos, em colaboração com o setor bancário, Banco Central, a auxiliar essa agenda”, ressalta o ex-ministro.
O ex-ministro também abordou temas além da economia, como educação – aegundo Haddad, o Brasil possui recursos investidos em educação básica em patamar semelhante ao de outros países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), mas a gestão não tem sido feito de forma adequada.
“Precisamos melhorar a qualidade da gestão da educação básica no Brasil”, diz o ex-ministro da Educação, ressaltando a importância do pacto federativo uma vez que não se pode perder a centralidade a gestão.
“Uma das grandes tarefas que tivemos, nos nossos governos, foi fazer com que o MEC (Ministério da Educação) recuperasse uma determinada autoridade”, lembra Haddad. “Não é autoridade de mandar, é autoridade para cooperar, para coordenar as ações em relação a educação básica”, lembra o ex-ministro.
Haddad ressalta que os frutos da melhora dos indicadores de qualidade da educação brasileira ao longo de vários anos, em especial no que diz respeito ao ensino fundamental. “Era uma ação coordenada, em que o recurso vinha acompanhado do apoio técnico necessário pra que nós tivéssemos o resultado almejado que, no final das contas, é a qualidade do ensino, é o aprendizado do aluno”.
Sobre ciência e tecnologia, o ex-prefeito de São Paulo lembra que o país tem investido cada vez menos mesmo com uma janela de oportunidade rara de se ver – inclusive com possibilidade de obter resultados no curto prazo.
De acordo com Fernando Haddad, isso ocorre por conta dos problemas enfrentados pelo planeta, em especial no que diz respeito à geração de energia e, inclusive, a produção de automóveis com combustível limpo.
“Temos um horizonte de investimento em ciência e tecnologia que está aberto. Em relação a hidrogênio verde, em relação a energia eólica, energia solar”, ressalta. “O carro híbrido, o carro híbrido flex. Nós temos uma indústria automobilística que está se refazendo diante dos nossos olhos, nós temos vantagens competitivas em relação a isso”.
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