Maioria quer Jair Bolsonaro condenado e inelegível, mostra Datafolha

A maioria dos brasileiros (51%) quer que Jair Bolsonaro fique impedido de se candidatar por 8 anos, em condenação pelos seus ataques às urnas eletrônicas e eleições, conforme prevê a legislação brasileira. Mas uma outra parcela significativa o vê como inocente (45%).

Os dados são de pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (04).

Entre os dias 29 e 30 de março, o Instituto perguntou a 2.028 eleitores brasileiros se o ex-mandatário deveria ser punido ou não pela Justiça Eleitoral pelos crimes cometidos contra as eleições.

Durante os meses de véspera do sufrágio eleitoral, vendo suas chances de vitória minadas nas pesquisas, que garantiam a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro empenhou uma estratégia para desacreditar o resultado dos votos e a confiança das urnas.

Com declarações públicas incisivas que colocavam em xeque a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, ainda que com toda a sustentação de técnicos e pesquisadores do TSE rebatendo e desmentindo as informações disseminadas, bolsonaristas e seguidores convencidos das Fake News invadiram a Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, para derrubar Lula do poder.

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Enquanto o ex-presidente diz não ter relações com os atos de vandalismo cometidos no episódio, Bolsonaro atuou ativamente para o convencimento dessa camada da população, como na reunião com embaixadores estrangeiros, em julho do ano passado, em que o então presidente disseminou mais Fake News das urnas às representações internacioanis.

Além disso, também captou apoio militar para investidas de possível golpe, conforme o GGN explorou, em detalhes, no especial Xadrez da Ultradireita. Por este e outros casos é que ele é alvo de diversas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Questionados no Datafolha, a maior parte dos brasileiros (51%) é a favor da condenação de Jair Bolsonaro pelo TSE, que tem como uma das possíveis penas a inelegibilidade por 8 anos. Outros 45% são contrários. E 4% afirmaram não saber.