Mercosul debate tarifa zero para países da Aliança do Pacífico

Enviado por Assis Ribeiro

Da Deutsche Welle

Proposta brasileira prevê antecipar de 2019 para 2014 a liberalização comercial com os três países vizinhos, que integram a Aliança do Pacífico. Crise argentina e o conflito em Gaza também serão debatidos.
O governo brasileiro proporá, durante a reunião de cúpula do Mercosul em Caracas, nesta terça-feira (29/07), antecipar para este ano a entrada em vigência da tarifa zero para as importações entre os países do bloco – formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela – e Chile, Colômbia e Peru.
O bloco já tem acordos de redução de tarifas com esses três países, e, por esses acordos, a tarifa zero passaria a vigorar ao final de 2019. Segundo o subsecretário-geral para a América do Sul, Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antonio Simões, o objetivo é incrementar o comércio entre o bloco e os três países vizinhos.
“É um comércio importante, pois envolve produtos manufaturados, que são de alto valor agregado e estimulam a criação de empregos formais”, comentou Simões. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, entre 2002 e 2013, o comércio do Mercosul com a Colômbia aumentou cerca de 300%, com o Peru, 389%, e com o Chile, 200%.
“O Brasil levantou esses pontos, e os três países já manifestaram o desejo de trabalhar na liberalização do comércio. É claro que vamos ver como fica isso para os demais países do Mercosul e depois para os demais países com os quais queremos trabalhar”, declarou Simões.
Colômbia Peru e Chile integram a Aliança do Pacífico, bloco comercial que inclui ainda o México e a Costa Rica. A proposta é realizar uma reunião com a Aliança do Pacífico antes de dezembro. O Mercosul tem também acordos de liberalização comercial com a Bolívia e o Equador.
Outro tema do encontro deverá ser a situação na Argentina. A presidente Cristina Fernández de Kirchner pretende convencer seus parceiros de bloco a apoiá-la na luta contra os fundos de investimento que exigem o pagamento integral de títulos que remontam ao calote de 2001. A Argentina tem até esta quinta-feira para chegar a um acordo com esses fundos de investimento.
Depois do atrito diplomático entre Brasil e Israel, é muito provável que a crise em Gaza também seja tema da cúpula em Caracas.
A cúpula do Mercosul será nesta terça-feira em Caracas. Na segunda-feira ocorrem as reuniões entre os ministros do Exterior. Além de Cristina Kirchner, participam os presidentes do Brasil; Dilma Rousseff, do Paraguai; Horacio Cartes, do Uruguai, José Mujica, e da Venezuela, Nicolás Maduro. O presidente da Bolívia, Evo Morales, participará como observador, já que seu país é associado ao bloco e está em processo de incorporação como membro pleno.
Redação

Redação

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    • A contrapartida é frear os

      A contrapartida é frear os avanços das iniciativas da UE e EUA na região.

      Ou faz agora, ou corre o risco de perder os mercados para sempre.

       

      Estão apenas antecipando o previsto para 2019.

      • E também da China. . .

        E também da China que vem aumentando muito suas vendas para os países do Mercosul em detrimento do comércio brasileiro, especialmente para a Argentina.

  • isso mostra que há um avanço

    isso mostra que há um avanço nas negociações para incrementar o mercado do mercosul. espero que se aprimore cada vez mais para o bem de todos nós.

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