No RJ, manifestantes presos são autuados por formação de quadrilha

Sugerido por Vânia

Do facebook de Christian Fischgold

VERGONHA, RAIVA, INDIGNAÇÃO, TRISTEZA, IMPOTÊNCIA, REVOLTA E SOLIDARIEDADE são alguns dos sentimentos que tenho ao ver a listagem abaixo. Não há mais argumento possível para negar o Estado de Exceção que os governos Cabral e Paes (com o apoio do PT) instalaram no RJ. Aos que estão em silêncio ou omissos (alô Dilma!), lembrem-se, a história os julgará! 

5ª DP (Mem de Sá)
Jair Seixas Rodrigues(Baiano) – Quadrilha ou bando
Wallace Vieira Gonçalves – Tentativa de furto
Sergio Henrique de Souza Lopes – Tentativa de furto
12ª DP (Copacabana)
Victor Gonçalves Ribeiro de Souza – Incêndio
Daniela Soledad dos Santos Barbosa – Incêndio
Omar Amaral Fontenelle – Formação de quadrilha ou bando e corrupção de menores
Wanessa Gugliemi Rojas – Formação de quadrilha ou bando e corrupção de menores
Bruno Phelippe dos Santos Miranda – F ormação de quadrilha ou bando e corrupção de menores
+ 2 menores de idade

17ª DP (São Cristóvão)
Douglas Silva Pontes – Formação de quadrilha ou bando
Matheus da Silva Pontes – Formação de quadrilha ou bando
+ 1 menor

19ª DP (Tijuca)
Yago Miglinonico Albano Santana – Lesão corporal /Formação de quadrilha ou bando/ Corrupção de menores
Marcelo Estevão Sá Cardoso – Lesão corporal / Formação de quadrilha ou bando / Corrupção de menores
+ 3 menores

25ª DP (Engenho Novo)
Felipe Machado Filgueiras – Formação de quadrilha ou bando
Ernesto Fuentes Brito – Formação de quadrilha ou bando
Renato Tomaz de Aquino – Formação de quadrilha ou bando
Robson Corrêa dps Santos Junior – Formação de quadrilha ou bando
Vinicius Clemente Bahia – Formação de quadrilha ou bando
Patrick Lisboa de Oliveira – Formação de quadrilha ou bando
Bruno Rian Delphino – Formação de quadrilha ou bando
Fernando Alexander Da Silva Reis Lima – Formação de quadrilha ou bando
Henrique Costa Pires – Formação de quadrilha ou bando
Elisa De Quadros Pinto Sanzi (Sininho) – Formação de quadrilha ou bando
Cleiton Felix Da Silva – Formação de quadrilha ou bando
Alessandro Moreira De Souza – Formação de quadrilha ou bando
Leonardo De Lima Vieira – Formação de quadrilha ou bando
Bruno Campos Nunes – Formação de quadrilha ou bando
Rodrigo Campos Castello Branco – Formação de quadrilha ou bando
Gustavo Henrique Dopcke – Formação de quadrilha ou bando
Willian Augusto Dos Santos Campos – Formação de quadrilha ou bando
Adriano Gomes Da Silva – Formação de quadrilha ou bando
Kleber De Oliveira Miranda Junior – Formação de quadrilha ou bando
Igor Cavalcante Medina – Formação de quadrilha ou bando
Jonathan Werdam Pimenta – Formação de quadrilha ou bando
Tales Fabricio Agnes Pereira – Formação de quadrilha ou bando
Rodrigo Pacheco Dos Santos Felisberto – Formação de quadrilha ou bando
Denys Menezes Silveira Jacauna – Formação de quadrilha ou bando
Raphael De Oliveira Varela – Formação de quadrilha ou bando
Thiago Martins Da Silva – Formação de quadrilha ou bando
Wallace Pereira De Sousa – Formação de quadrilha ou bando
Felippe Couto Lourinho Massal – Formação de quadrilha ou bando
Phillipe Franca De Lima – Formação de quadrilha ou bando
Ciro Brito Oiticica – Formação de quadrilha ou bando
Wallace Pereira Da Silva – Formação de quadrilha ou bando
Ednei Da Silva Coelho – Formação de quadrilha ou bando
+ 7 Menores

37ª DP (Ilha do Governador)
Raphael Da Cunha Lima – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Francisco Wellington Lima Pereira –Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Adelson Luis Ferreira Da Silva – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Ruy Ribeiro Barros – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Abadias Vitoriano Guajajara –Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Luis Henrique Da Silva Rodrigues – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Diego Lucena Tavora – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Cleiton José Tomas Alves – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Helcio Ramos Morais – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Bernardo Magalhães Lopes De Souza – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Jivago Barros Novaes – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Claudevan Alves Dos Santos – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Allan Manuel Mouteira – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Luam Godinho Costa – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Paulo Roberto De Abreu Bruno – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Pedro Assis Costa Martins – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Gerd Auguto Castelloes Dudenhoeffer – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Lucas Pestana Rabay – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Bruno Vinicius Silva Dos Santos – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
Marcio Lopes Da Rocha – Dano ao patrimônio Público/Roubo/Incêndio/Formação de quadrilha ou bando
+ 7 menores

Do G1

Segundo a Polícia Civil, 190 pessoas foram conduzidas a delegacias. Quarenta e três foram autuados por crime de formação de quadrilha.
A Polícia Civil divulgou, na tarde quarta-feira (16), o balanço das detenções realizadas após as cenas de vandalismo após protesto desta terça (15), no Centro do Rio. Segundo a nota enviada pela assessoria de imprensa, 64 pessoas foram presas e 20 menores, apreendidos em flagrante. Desse total, 27 foram autuadas com base na nova Lei do Crime Organizado (Lei 12.850/2013), por crimes como dano ao patrimônio público, formação de quadrilha, roubo e incêndio. Os delitos são inafiançáveis.
A Polícia Civil autuou ainda 43 pessoas no crime de formação de quadrilha que, de acordo com a alteração da legislação, se enquadram na Lei do Crime Organizado. Ao todo, 190 pessoas foram conduzidas para oito delegacias da capital, sendo 57 menores de idade. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), o número de detidos passou de 200.
Em entrevista coletiva durante a divulgação do balanço, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, falou sobre a atuação do grupo de mascarados nas manifestações. “Algumas pessoas e organizações se defendem emprestando sua identidade aos black blocs”, disse.
Presos
De acordo com a jornalista Manuela Trindade, que estava na manifestação desta terça-feira, o irmão dela, Ciro Brito, foi preso portando somente um crachá da imprensa. Ciro é estudante de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Relações Internacionais na Pontifícia Universidade Católica do Rio (Puc-Rio).
“As pessoas que estavam na escadaria não estavam quebrando nada e foram enquadradas por formação de quadrilha. Foram dois momentos em que essas pessoas foram presas. A primeira parte das pessoas foi presa de forma avulsa, mas no segundo momento a polícia queria desocupar a escadaria. A polícia já chegou com dois ônibus para fazer a detenção dessas pessoas. Eles foram retirados dali para que a desocupação fosse feita”, disse Manuela.
Em nota, a UFRJ enviou uma nota de repúdio pela prisão do estudante. “A escola de comunicação da UFRJ repudia veementemente a atuação abusiva de policiais durante a manifestação desta terça-feira, 15 de outubro, no Rio de Janeiro, ao prenderem arbitrariamente um grupo de pessoas que estavam na área da ocupação na Cinelândia, entre as quais um estudante do curso de comunicação, Ciro Brito Oiticica, que cobria as cenas de conflito diante da Câmara Municipal”, afirmou a nota.
Todos os homens detidos na manifestação foram encaminhados para Cadeia Pública Juiza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Até as 17h faltava chegar somente os detidos que haviam sido encaminhados para a 25 DP (Engenho Novo). As mulheres que foram detidas foram encaminhadas para Bangu.

Bolas de fezes
Durante a manifestação foram apreendidas facas, canivetes, estilingues, bolas de gude, esferas de aço, um estilete, um tchaco, uma lâmina de serra, máscaras e escudos. Bolas de festa cheias de fezes também foram encontradas.

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta quarta que um grande esforço é feito para que sejam punidos os responsáveis pelas depredações ocorridas durante e após protestos na capital fluminense.

“Quando você tem um movimento caótico, não há que se falar se está, ou não, preparado. É claro que nós temos que estar sempre nos preparando, cada vez mais, mas se tem um movimento caótico, que assumiu uma dimensão, onde queimaram uma viatura do estado, onde queimaram um microônibus do estado, o que nós temos que fazer é punir essas pessoas e esse é o esforço técnico que a Polícia Civil vem fazendo no sentido de enquadrar essas pessoas, buscar o enquadramento técnico que o Judiciário aceite e verdadeiramente punir essas pessoas”, disse Beltrame.

O confronto
De acordo com o Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio (Sepe), que marcou a passeata desta terça para o Dia dos Professores, quando o confronto começou, os docentes já haviam se dispersado. O tumulto se iniciou cerca de 45 minutos depois do ato. Por volta das 20h15, a região foi tomada pela fumaça das bombas lançadas por PMs e por morteiros disparados pelos vândalos. Poucas pessoas circularam no Centro na tarde desta terça já que empresas dispensaram funcionários mais cedo.Carro da PM incendiado

Os mascarados jogavam pedras na direção dos policiais. Um carro da Polícia Militar foi incendiado no bairro da Glória, vizinho ao Centro. A PM não informou quantos homens do efetivo atuavam na região durante o protesto e no tumulto. Em diversos momentos, os mascarados vaiavam os policiais.

Redação

Redação

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  • Tenho certeza que todos eram

    Tenho certeza que todos eram flores inocentemente olhando os transeuntes de um vaso chines.

    Mas quem sera o dono desse vaso????

    • A fachada do consulado que é

      A fachada do consulado que é "dono" desse vaso foi apedrejada e por isso, quase 200 detidos numa única "manifestação". Faz tempo que esses caras depredam a Cidade e não acontece nada. Alvejaram o patrão e aí a coisa ficou feia.  A jornalista da Band, ontem, estava ão indignada que mandou a forte: NEM o Consulado dos EEUU os BB pouparam...

      O número do reprimido pelos governos autoritários é ridículo. Imaginem se cada um for manifestar-se, depredando tudo o que para si mesmo, representa opressão? Mais ainda se as policias do RJ decidirem atacar a cidade "contra tudo o que está aí"... 

      Alguma coisa acontece qdo cento e poucas pessoas se acham importantes a ponto de imaginar que vão poder parar uma cidade inteira pq estão muito chateadas com alguma coisa que não sabem bem o que é mas que, ao que tudo indica, no futuro, talvez, seja algo grande...

      Esses grupos entendem violência como forma de expressão mas não aceitam violência como resistência ou enfrentamento. Querem para si, assegurados todos os direitos e garantias individuais que negam aos demais. Em úlima análise, pregam liberdade para eles e opressão para os demais.  Tudo que está aí, portanto,é o que não servindo a eles, serve aos outros, desde a representação até coletivos passando pelos orelhões. O que atende a eles, é bom e funciona, OAB, Clínica são Vicente...  Cadeia, não. Cadeia é tudo o que está aí, é pra pobre e eu sou contra... Cara, esse movimento é tão non sense que um de seus membros ou sei lá o que é isso, conseguiu levar dois tiros, um em cada braço; como é o que o cara conseguiu isso?

      Bem, BB's, aprendam, da próxima vez, não apedrejem o Consulado do patrão. A última vez que fizeram isso aqui, até a vovó do Fluminense foi em cana. Aquilo é território sagrado para vcs. A Meca dos BB's e Anonymous.

      De resto, é como disse o Ivan, instalada a Exceção eles somem aqui, como sumiram no resto do mundo. Passa amanhã BB.

      P.S. Acho que prender esses caras é prejuízo, em que fazer com que paguem o prejuízo que é DELES e não do contribuinte. Era só o que faltava; o país ter que bancar a "depredoterapia" dos filhinhos de papai #xatiados pq não conseguem fazer com que o mundo os coloque no pedestal que mamãe e papai prometeram para eles.

      • FINALMENTE!
        "A fachada do

        FINALMENTE!

        "A fachada do consulado que é "dono" desse vaso foi apedrejada e por isso, quase 200 detidos numa única "manifestação"":

        FINALMENTE alguem notou que 200 pessoas foram presas porque havia outro pais envolvido!  Quando eh so brasileiros nao eh nada, eles nao valem muito mesmo...

        Ver tambem meus posts sobre omissoes dos governos latinos americanos ontem pois o problema eh geral, nao eh so no Brasil:

        https://jornalggn.com.br/noticia/o-problema-da-omissao-de-portos-de-navios

  • O governador do Rio de

    O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes são do PMDB partido da base do governo federal, mas isso não significa que a presidenta Dilma Rousseff apoie ou seja responsável por eventuais desmandos ou desgovernos desses políticos.

    As manifestações de ruas seja de classes de trabalhadores, como essa última, a dos professores, ou da população em geral reivindicando melhorias em suas vidas tem sido aproveitada por baderneiros que tem depredado patrimônio público.

    Cabe à polícia agir com rigor nesses casos e uma vez  terminada a passeata com civilidade, as pessoas deveriam se recolher às suas casas e não se misturarem aos baderneiros, independentemente de estarem usando máscara ou não, afinal os policiais no meio dessa verdadeira guerrilha urbana não tem como sair perguntando a cada um,  "Você é baderneiro, ou não?".

  • O outro lado da moeda

    Quando vejo a loja de um pequeno comerciante ser destruída e saqueda, quando vejo o patrimônio público ou um monumento ser vadalizados pela ação da "estética black bloc"  são também esse o meu sentimento:

    VERGONHA, RAIVA, INDIGNAÇÃO, TRISTEZA, IMPOTÊNCIA, REVOLTA E SOLIDARIEDADE

    Obs.: em maiusclas também, já que o autor do texto original achou-as necessárias.

    "Não há mais argumento possível para negar o Estado de Exceção que os governos Cabral e Paes (com o apoio do PT) instalaram no RJ."

    Quem fala isso não sabe o que é Estado de Exceção. Estado de Exceção é o Estado onde vivem "amarildos". O que não é o caso.

    Tanto no Estado de Exceção como no Estado Democrático de Direito existem policiais, detenções, indiciamentos , julgamentos, promotores e juízes. A diferença é que no Estado de Exceção não existem nem habeas corpus nem advogados de defesa. Não imagino que isso esteja sendo negado aos "mafestantes" presos.

    • "Quem fala isso não sabe o

      "Quem fala isso não sabe o que é Estado de Exceção. Estado de Exceção é o Estado onde vivem "amarildos"":

      E eh exata e precisamente a falta de "Amarildos" que prova que a direita esta atraz dos BBs.  Eh armacao deles.

      • Cadê os BB egipcios, será que estão esperando ordem dos EUA

        No momento os BB apoiam o estado de exceção no Egito, pelo menos sumiram do mapa por lá, vai ver que estão esperando algum sinal das grandes corporações petroleiras  americanas para voltar às ruas, aqui temos muito mais a oferecer às aves de rapina: O pré-sal, biomassa, água....Acorda Brasil

        No Egito, Black Bloc fomenta o golpe e ataca manifestantes contra militares

        Autor: LEN

        Após aparecer nos protestos do Occupy Wall Street, onde foram acusados de tumultuar o protesto e justificar a repressão da polícia americana, acabando com o Occupy, o coletivo sem rosto que se auto denomina Black Bloc criou uma espécie de franquia mundo afora, sobretudo em países onde a democracia é frágil e/ou muito jovem.

        No Brasil, esses coletivos são formados com absoluta predominância de jovens brancos de classe média que usam roupas de grife. A atuação dos coletivos geram desconfianças de que o alegado apartidarismo não se aplica na prática, como nos protestos contra o propinoduto tucano em que eles iam direto para a Câmara dos vereadores da capital paulista, quando o escândalo é do governo do estado de São Paulo. Dividiu os manifestantes e o desgaste do governador com o prefeito. Foi intencional?

        Com o desconfiômetro sempre em alerta, resolvi fazer uma busca detalhada na rede sobre como se portou o coletivo Black Bloc no Egito, antes e depois do golpe. Pesquisei a ocorrência e frequência de matérias sobre eles, os perfis nas redes sociais do coletivo, onde postam em hieróglifos árabes, mas mesmo com essa dificuldade deu para perceber duas coisas:  maioria das fotos postadas são de amenidades, como se o país não estivesse à beira de uma guerra civil e os vídeos postados, feitos a distância, procuram mostrar manifestantes pró Morsi atirando contra militares.

        Foi difícil achar matérias sobre o Black Bloc egípcio pós golpe, a maioria dos links apontavam para sua participação efetiva nos protestos que lograram entregar o país de volta aos militares. Entre as que achei, muitas se tratavam de opinião reacionária que não levei em consideração, não há qualquer intenção de demonizar ninguém, apenas trazer aos leitores como se portou e se porta o coletivo no Egito, que enfrenta um golpe militar sangrento.

        Líderes do movimento da Praça Tahir no Cairo, que levou a deposição do presidente legalmente empossado, Mohamed Morsi, deram declarações públicas afirmando que apoiavam a matança de manifestantes contra o golpe e davam aval a atuação dos militares. Esses líderes estavam muito próximos ao Black Bloc durante os protestos. Tudo estava se encaixando, só faltava o batom na cueca.

        Outro grupo sem rosto famoso da história

        Foi aí que eu achei uma denúncia do grupo de direitos humanos “Eye on Torture” (algo como de olho na tortura), que revela que o coletivo Black Bloc admite participação no ataque de 26 de Julho, onde ocorreu massacre de manifestantes contra o golpe. No ataque o coletivo preparou uma espécie de emboscada para os manifestantes os deixando expostos, nesse momento o Black Bloc foi protegido por militares atrás de tanques e prédios, enquanto os manifestantes pela democracia eram fuzilados. Aqui o link da matéria, está em inglês http://www.ikhwanweb.com/article.php?id=31213

        È ultrajante pessoal, eu que já vi tanta canalhice nessa vida fiquei transtornado. Como pode alguém posar de anti establishment, usar símbolo da anarquia e apoiar uma ditadura militar? Eu sou um velho punk, é como uma “heresia” ver símbolos de um movimento que tentou mudar o mundo sem violência, que me trazem de volta a juventude, serem usados por um bando de fascistas movidos a interesses obscuros. Tira esse símbolo daí posers, vocês não tem direito de usar, coloca a suástica no lugar.

        Só uma última observação: coletivos sem rostos cabem qualquer coisa, inclusive mercenários, tá na cara que se no Egito os Black Bloc são tudo menos anarquistas, e qualquer grupo nazifascista pode vestir a fantasia de anti-establishment para seduzir a juventude. Brasil, Turquia, Egito, coincidentemente países com diplomacia não alinhada com interesses americanos tiveram forte atuação dos Blck Blocs recentemente. Tirem suas próprias conclusões.

        This post was written by

        LEN – who has written  posts on Ponto e Contraponto.
        Químico, microempresário, consultor de empresas, libertário de esquerda sem filiação partidária e agnóstico. Sem compromisso algum que o impeça de exercer de forma irrestrita o seu direito de liberdade de expressão e de criticar jornalistas, veículos de comunicação, partidos políticos, autoridades e personalidades públicas.

         

         

  • Os black blocs egípcios

    Os black blocs egípcios sumiram do mapa, já que por lá eles parecem estar em paz com a ditadura militar, será que estão tentando aqui trocar um "ditador' por outro, pelo menos enquanto os EUA não os convocar para nova derrubada de governo e ainda há quem acredite na inocência

     

    Blacks blocs e polícia vivem guerra de táticas

    Luis Kawaguti

    Da BBC Brasil em São Paulo

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    Black Blocs estudaram procedimentos da polícia para elaborar suas táticas.

    As polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro estão tentando se adaptar às táticas de enfrentamento utilizadas em protestos de rua pelo grupo de manifestantes conhecidos como Black Blocs.

    Por outro lado, participantes do grupo estariam estudado procedimentos da polícia e adotado medidas para dificultar a identificação de seus membros.

    A medida vem sendo repensada porque, nas duas capitais, delegacias (a 9ᵃ DP do Rio e o 78º de São Paulo) foram cercadas por multidões de manifestantes que exigiam a libertação de seus companheiros.Um dos protocolos de ação que está sendo revisto pela polícia, ao menos em São Paulo, é o de levar todos os suspeitos detidos em protestos para uma mesma delegacia, segundo disseram à BBC Brasil policiais civis envolvidos com a investigação dos Black Blocs no Estado.

    A polícia teme que seus prédios sejam invadidos. Por isso devem passar a dividir os grupos de suspeitos detidos em diferentes locais durante os protestos.

    A Secretaria de Segurança de São Paulo tenta também unificar as ações das diversas unidades da polícia com a criação, na semana passada, de uma força-tarefa formada por diversas unidades das polícias civil e militar, além de membros do Ministério Público.

    Táticas

    Policiais relacionados à investigação dos Black Blocs em São Paulo afirmaram à reportagem suspeitar que o grupo elabora táticas não só para evitar sua identificação pela Polícia Civil, como também para atacar os policiais militares durante os protestos.

    Policiais disseram que grupos de manifestantes organizados estão a par de um procedimento comum da polícia, o de investigar pessoas que buscam tratamento em prontos-socorros logo após um grande protesto ou choque com policiais.

    Para evitar identificações, os Black Bloc teriam copiado um modelo usado pelo Movimento Passe Livre - que organizou protestos massivos pela redução das tarifas do transporte público em julho – no qual teriam criado uma equipe própria para oferecer cuidados médicos a seus membros feridos.

    Seus membros também estão apagando informações pessoais da internet e aprendendo a usar softwares que codificam mensagens enviadas pela rede, dificultando sua interceptação.

    Segundo a polícia, eles também teriam estudado a forma de organização de unidades de contenção de multidões da PM. O objetivo seria aprender sobre quais são as reações da polícia a cada tipo de ação dos manifestantes.

    Para atacar os policiais, adotaram como tática de confronto o uso de bombas incendiárias (coquetéis molotov) e também estilingues – que usam para disparar bolas de gude contra forças de segurança. Os alvos dos estilingues seriam preferencialmente os policiais do patrulhamento regular (e não as unidades de choque), que não possuem capacetes de proteção.

    Um policial disse à BBC Brasil que a tática é eficiente pois o estilingue pode causar traumatismo craniano, o usuário não pode ser acusado de usar uma arma e o instrumento pode ser reposto a custos muito baixos.

    Imagens

    Tanto em São Paulo como no Rio, as polícias tentam usar as imagens gravadas durante protestos – seja por cinegrafistas ou achadas em câmeras apreendidas com suspeitos – para identificar integrantes dos black blocs participando de ações violentas em diferentes protestos. As imagens devem servir ainda como provas no caso de os manifestantes serem indiciados ou denunciados.

    No Rio, esse tipo de investigação com uso de imagens deve ser facilitada por uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governo que impede o uso de máscaras durante manifestações. Na capital paulista, a Câmara estuda adotar medida semelhante.

    Policiais paulistas e cariocas também tentam encontrar o melhor embasamento jurídico para indiciar os manifestantes flagrados cometendo atos de violência e depredação.

    Em São Paulo, um delegado indiciou dois manifestantes presos no início do mês com base na Lei de Segurança Nacional, criada durante o regime militar. O argumento não convenceu a Justiça, que determinou a libertação dos manifestantes.

    Ainda no Rio, o governo anunciou que manifestantes detidos cometendo atos de violência podem ser indiciados pelo crime de organização criminosa, que em tese pode até render uma pena de oito anos de prisão.

    Ação da PM

    Na opinião do pesquisador Rafael Alcadipani, especialista em estudos organizacionais da Fundação Getúlio Vargas, apesar das semelhanças nas táticas e abordagens, a Polícia Militar de São Paulo estaria adotando um estilo de resposta às manifestações mais adequado do que o usado pelos policiais cariocas.

    "Em São Paulo as bombas de efeito moral estão sendo usadas apenas como último recurso, e os policiais não estão caindo em provocação", afirmou o pesquisador, que entrevistou quase 100 manifestantes que se denominavam black blocs durante a recente onda de protestos no país como parte de seu trabalho de pesquisa.

    Segundo ele, a melhor estratégia para lidar com o vandalismo durante protestos e passeatas é tentar abrir canais de diálogos entre os manifestantes e os políticos.

    De acordo com o pesquisador, o grupo Black Blocs não pode ser classificado como organização criminosa e tratada como tal.

    Ele diz acreditar que, diferente dos criminosos comuns, os black blocs não têm nas ações violentas sua atividade primária, nem obtém vantagens financeiras com suas ações, o que não tornaria adequado classificá-los como uma organização criminosa.

    Para Alcadipani, ainda não é possível atribuir um grau elevado de organização aos manifestantes radicais. Ele vê o Black Blocs mais uma forma de protestar, importada da Alemanha e dos Estados Unidos, do que um grupo específico com uma agenda própria.

    Nos círculos policiais prevalece o entendimento de que manifestantes presos por vandalismo devem ser combatidos e responsabilizados pelos seus crimes.

     

  • ao menos na ditadura não tinha hipocrisia!

    essas prisões e uma clara repressão aos direitos dos cidadãos livres desse pais.  A classe politica quer silenciar a população, contaram com a imprensa para propagar que as manifestações eram somente depredações,  justamente a imprensa que não pode mostrar de perto, pois era vaiada! 

     

     

  • Nem tão ao céu, nem tão ao

    Nem tão ao céu, nem tão ao inferno!

    Rebeldes sem causa sempre existiram e sempre existirão. 

    Não faz sentido confundir isso com democracia (ou falta de). 

    Aliás são esses "manifestantes" que colocam em risco o direito das pessoas de lutarem por suas demandas nas ruas.

    Evidente que no meio de uma multidão de baderneiros sempre haverá os presos por estarem no lugar errado na hora errada. Cabe a Polícia identificar essas pessoas e responsabilizar apenas quem agiu com violência e ainda dar amplo direito de defesa a cada um deles.  Como acontece em qualquer país civilizado do planeta.

    Aliás, em uma manifestação convocada pelos professores do Rio, nenhum deles foi preso ou pego destruindo a cidade. Eles estão reinvidincando seus direitos com a cara limpa. Parabéns a todos eles. 

  • muitas postagens sobre os

    muitas postagens sobre os black blocks e a repressão.

    mas,

    quantas sobre a greve e os professores?

    alguém aí está tendo um êxito danado em pautar os meios de comunicação (até os de esquerda!!).

  • A estratégia das elites

    A estratégia das elites diante dos protestos sempre foi a força ou a desqualificação. Como nos protestos que se seguiram a junho existe um público de classe média presente, está sendo colocado em prática pela grande mídia um lento e gradual processo de desqualificação das manifestações populares.

    No RJ, ou em SP, é batata: sindicatos ou movimentos populares marcam protestos, que seguem pacíficos o trajeto inteiro, aí meia hora depois do final dele um bando de mascarados que ninguém sabe de onde veio começa a depredar, saquear e destruir tudo que encontra pela frente, a PM vem pra reprimir, o ambiente de guerra se instala, FIM.

    No dia seguinte, a edição do Jornal Nacional focaliza dois segundos na manifestação (nunca em panorâmicas, para ninguém ver a dimensão deles) afirmando: "o protesto seguiu pacífico, mas alguns vândalos infiltrados promoveram quebra-quebra no centro da cidade", e tome imagens de depredações, incêndios, confrontos com a PM, gases lacrimogêneos pelos próximos 2 minutos. 

    Aí, no dia seguinte, o JN coloca os repórteres nas ruas para entrevistar transeuntes, que dizem que a coisa está fora de controle, que apóia as manifestações, mas do jeito que está feito está errado. E a mesma linha se repete, dia após dia.

    A linha editorial é clara: protestar seria uma prática democrática (apesar de não mostrar muito as reivindicações nem imagens do protesto), mas como os vândalos são "incontroláveis", o custo-benefício do "protesto" não vale, porque além de não "servir para nada" (esta é a conclusão que o JN oferta aos "Homers" ao não dar importância alguma sobre o que foi protestado), muita coisa vai ser quebrada e o dinheiro SEU, contribuinte, é que vai ser lesado.

    Sei lá de onde estes Black Blocs surgem, mas eles têm que saber que, NO MÍNIMO, e repito, NO MÍNIMO, estão pagando de "inocentes úteis" da grande mídia na tarefa de desqualificar os protestos.

  • Olhem a imagem. O rapaz da

    Olhem a imagem. O rapaz da frente segue aguerrido segurando o cartaz da JUSTÇA. O da janela do meio, relaxa com seu copinho e o cigarro nas mãos. Ele observa o casal de namorados ou de amigos logo atrás. Estão sendo presos. Falam de estado de exceção no texto em plena democracia.Não vislumbro em nenhum momento expressões de medo ou de apreensão. A OAB do Rio já se pronunciou. Estão com plena defesa. Não conhecem a sensação do risco de desaparecer. Nem sonham com a tortura, neste Estado não acontecerá. Sabem que serão soltos em breve. Serão de fato sujeitos dessa situação ou simples figurantes da sociedade do espetáculo, da performance? A foto pode ser tudo: uma torcida reunindo-se para ida a um jogo do seu time; um grupo de turistas (a prisão agora é uma experiência burguesa, mas sem tortura), Essa foi a foto postada. Mas quando vejo uma foto em que um desses jovens, mascarados com pedaços de pau ou barras de ferro, ou qualquer outro artefato, em plena ação violenta, lembro da imagem do filme 2001 - A Odisséia no Espaço, em que o macaco joga para o alto sua clava que se transforma numa nave espacial e me pergunto:por que a imagem está voltando da nave para o passado? Guy Debord tinha razão. A imagem se tornou a forma final da reificação. E a história não costuma julgar pastiches. Isso é coisa da pós-modernidade.

  • Outra curiosidade que tenho

    Outra curiosidade que tenho sobre estes Black Blocs é como estes sempre surgem em manifestações populares na Avenida Paulista, no Centro do RJ, mas quase nunca nas Periferias.

    Ora, se a tática se justifica para proteger manifestantes, quem é que precisa mais de proteção que os movimentos populares do Campo e das Franjas da cidade?

    Onde estavam os Black Bloc quando o Pinheirinho foi desocupado? Onde estão os BB's quando o MST enfrenta capangas armados em terras ocupadas? Onde estão os BB's quando há reintegração de posse dos prédios ocupados no Centro de SP por movimentos populares?

    Cadê os BB's de SP quando o pessoal do Campo Limpo, do Capão Redondo, do M'Boi Mirim sai para protestar?

    Porque convenhamos, um manifestante na periferia de SP está muito menos protegido do que um morador de Moema que sai para protestar na Avenida Paulista.

    • E por que a gloriosa PM não

      E por que a gloriosa PM não prendeu os milicianos que fecharam ruas e queimaram pneus na favela de Rio das Pedras, protestando contra a normatização do serviço de kombis na comunidade, desde sempre dominada por eles.  Esses sim, querem , e conseguem, viver de atividades criminosas.

        • Arthur, não é questão de

          Arthur, não é questão de excluir ou hierarquizar erros. É que você apontou o fato dos BBs estarem no miolo das cidades, e não apoiando as manifestações nas periferias. Exatamente o que faz a PM, que enquanto desce o porrete no centro do Rio, convenientemente esquece de reprimir a manifestação de grupo que explora atividades criminosas ( as milícias ) na comunidade (eufemismo para favela) do Rio das Pedras. Talvez porque integrar as milícias possa ser uma espécie de plano de aposentadoria para policiais.

      • Ou vc está com pena desse

        Ou vc está com pena desse vândalos sem causa. Ponha aqui alguma contribuição positiva ques black bostas trazem para a sociedade.

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