Política

Weintraub admite que Bolsonaro sabia antecipadamente de Operação contra filho e Queiroz

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro sabia antecipadamente da investigação da Polícia Federal contra seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-assessor Fabrício Queiroz.

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu que Bolsonaro tinha conhecimento da investigação antes que fossem abertas ao público. Weintraub soltou as declarações em uma entrevista nesta semana.

Ele relatou que em novembro de 2018, o mandatário falou sobre as denúncias contra seu filho, durante uma reunião. Entretanto, a investigação que tramitava em sigilo só foi divulgada ao público em dezembro, ainda por vazamento do jornal O Estado de S.Paulo.

Os vazamentos da Operação Furna da Onça estão sendo investigados e já haviam sido denunciados pelo ex-aliado do clã Bolsonaro, Paulo Marinho (PSDB).

Ele havia afirmando que o filho mais velho do presidente soube antecipadamente da operação que revelou as movimentações suspeitas nas contas de Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio, e que foi preso naquele período.

De acordo com Marinho, o próprio Flávio lhe disse que um delegado da Polícia Federal entrou em contato para falar das investigações antes do primeiro turno das eleições de 2018, e informou que integrantes da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro iriam adiar a operação para não afetar Jair Bolsonaro (sem partido) no segundo turno das eleições.

O caso está sendo investigado e a família Bolsonaro nega.

Entretanto, o ex-ministro da Educação, que quer disputar as eleições ao governo de São Paulo este ano.

“Eu vou contar então uma coisa aqui que eu acho que nunca contei em público. Estava no governo de transição, estamos falando em novembro, fui chamado para uma sala com pouca gente. Estavam eu, o Onyx [Lorenzoni], o Santos Cruz. Santos Cruz, que brigou com o presidente, pode confirmar isso que estou falando para ti”, começou Weintraub.

“Ele [Bolsonaro] falou: ‘chamei pelo seguinte: apareceu uma acusação. Está pegando esse cara aqui e apontou para o Flávio”, continuou o ex-ministro.

Em seguida, blindou e defendeu Bolsonaro: “‘O governo não tem nada a ver com ele. Se ele cometeu alguma coisa errada, ele que vai pagar por isso’. Eu pensei: ‘Era isso que eu queria escutar’.”

Apesar de defender o mandatário, o ex-ministro acabou admitindo as declarações de Marinho nas acusações contra a família Bolsonaro, de que tiveram conhecimento antecipado, de forma ilegal, da investigação.

Redação

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