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O Senegal conseguiu interromper a transmissão do vírus ebola. A Organização Mundial da Saúde (OMS), decretou na última sexta-feira (17) o fim do surto da doença naquele país. A boa notícia traz novas esperanças ao mundo, preocupado com os avanços de uma das doenças mais mortais que existem, segundo avaliação da organização Médicos Sem Fronteira (MSF).
É importante destacar, porém, que o Senegal não está entre as nações mais afetadas pelo recente surto de ebola, que são Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria. Há mais de dois meses a MSF informava que o surto de ebola estava fora de controle nessas localidades, obrigando esforços mundiais para estabilizar a situação e impedir a propagação da doença em outras parte do mundo. O vírus ebola é altamente infeccioso, matando cerca de 90% das pessoas que o contraem. O primeiro caso suspeito no Brasil foi identificado há poucas semanas, na cidade de Cascavel, no Paraná. Mas felizmente a possibilidade do guineano Souleymane Bah, de 47 anos, ter contraído a doença foi descartada.
Foi apenas um susto, mas todos os dias milhares de pessoas chegam ao país, portanto o desenvolvimento de uma estrutura para contenção da entrada de doenças deve ser vista como uma necessidade permanente no Brasil. Para debater este tema, o apresentador Luis Nassif recebe hoje, a partir das 19h30, na TV Brasil, a coordenadora da Comissão Científica de Influenza e Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei; o especialista em saúde coletiva e professor do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, Expedito Luna; e o supervisor do Ambulatório Geral Especializado em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Max Lopes.
Doença importada. O ebola não é o único perigo, o Brasil já tem contabilizado 337 casos de infecção pelo vírus que causa a chikungunya, doença parecida com a dengue, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus veio de algumas regiões da África. Segundo o Ministério da Saúde, 299 foram transmitidos dentro do próprio país. Outros 38 casos registrados são de pacientes infectados durante viagens a outros países.
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Lupa no Ebola
20/10/2014 07p6 - Atualizado em 20/10/2014 09p4
Após 42 dias sem novo caso, OMS declara Nigéria livre do ebola
http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/10/apos-42-dias-sem-novo-caso-oms-declara-nigeria-livre-do-ebola.html
Não vi o destaque necessario a essa noticia na mídia, que contraria toda a tendencia alarmista verificada na mídia, e torna ainda mais incompreensível os casos de contaminação entre cuidadores de pacientes, tanto na África quanto nos EUA.
O grande medo, na primeira fase desse surto, era se o virus chegasse na Nigéria, país com enormes aglomerações urbanas e precarias condições sanitarias e de serviços de saúde.
"O primeiro caso na Nigéria, país mais populoso da África, foi importado da Libéria, quando um diplomata liberiano-americano chamado Patrick Sawyer passou mal no principal aeroporto internacional de Lagos, em 20 de julho."
Ora, ora, não é que o Ebola chegou à Nigéria justamente através de um diplomata americano ! Quem diria que a maior ameaça à propagação do vírus no continente africano seriam diplomatas americanos em transito entre os diferentes países? Pensei que fossem os hábitos selvagens dos africanos, era o que eu entendia ao acompanhar o noticiario.
Tem boi nessa linha, e não é
Tem boi nessa linha, e não é só isso não... Lembremos que quando o surto atual chegou a algumas centenas de vítimas a ONU ainda nem tinha se pronunciado atualmente enquanto organizações como MSF e outros já falavam em quanto dinheiro seria necessário para conter o surto.
Pelo visto a torneira de $$$$$$ estava fechada, pois o vírus se alastrou muito depois disso. Agora já não sei.
Nigéria fez trabalho de 'detetive' para derrotar ebola
BBC Brasil 20/10/2014
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Nigéria oficialmente livre do ebola nesta segunda-feira, depois de seis semanas sem registro de novos casos no país.
Falando na capital do país, Abuja, o representante da organização Rui Gama Vaz afirmou que esta foi uma "história espetacular de sucesso".
O país mais populoso do continente africano ganhou elogios por sua resposta rápida depois que um diplomata liberiano, Patrick Sawyer, chegou doente ao país, em julho.
A Nigéria teve apenas 19 casos registrados e oito mortes pelo ebola. O último caso relatado no país foi descoberto no dia 5 de setembro.
A OMS pode declarar o fim oficial de uma epidemia de ebola se dois períodos de incubação de 21 dias passarem sem novos casos.
Logo que Sawyer chegou e foi diagnosticado com a doença, a Nigéria declarou emergência nacional pública de saúde.
Sawyer morreu devido à doença junto com outros sete nigerianos, incluindo Ameyo Stella Adadevoh, a médica que diagnosticou o primeiro caso no país e é apontada como a responsável por ajudar a conter a epidemia.
John Vertefeuille, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), disse que a Nigéria tomou as medidas certas para conter a epidemia.
"A Nigéria agiu cedo, rapidamente e em larga escala. Eles agiram de forma agressiva, especialmente em termos de contato-rastreamento (da doença)", disse à agência de notícias AFP.
Na sexta-feira, a OMS declarou outro país da África Ocidental, o Senegal, oficialmente livre do ebola.
A epidemia da doença já matou mais de 4,5 mil pessoas na África Ocidental, principalmente na Libéria, Guiné e Serra Leoa.
Suspeita de malária
Em meio ao número crescente de casos da doença e da crise na África Ocidental, a Nigéria mostrou que as técnicas certas e a velocidade de resposta podem dar resultados bem positivos no combate ao ebola.
Com uma população de mais de 170 milhões de pessoas, havia o temor de que o vírus se espalhasse rapidamente pelo país. O fato de o país estar livre do ebola se deve a um incrível trabalho investigativo dos médicos, comparável ao de detetives.
O começo de tudo foi a chegada de Patrick Sawyer no aeoroporto de Lagos, onde ele apresentou sintomas que levaram as autoridades a desconfiar de malária.
Levado para uma clínica particular, Sawyer passou por exames e, durante a espera pelos resultados, vários funcionários foram infectados.
No momento em que o ebola foi confirmado, a infecção já tinha se espalhado para 11 funcionários; quatro deles morreram. E este foi o momento em que tudo poderia ter saído errado.
Mas, por sorte, uma equipe de especialistas que combatia a poliomielite estava na região e foi rapidamente redirecionada.
O que se seguiu foi um trabalho minucioso de identificação e rastreamento de todos os que poderiam ter tido contato com o paciente. Começou com os funcionários médicos e suas famílias e foi se estendendo.
Uma lista de contatos inicial tinha 281 pessoas e logo aumentou para 894. Cada uma destas pessoas foi visitada e passou por várias checagens para verificar sinais da doença.
Mas o trabalho não acabou aí. Especialistas calcularam quantas pessoas viviam em um raio particular a partir do local onde estas 894 pessoas monitoradas viviam.
Com isso, autoridades e voluntários fizeram visitas a um total de 26 mil residências.
Comunidades
Uma política importante das autoridades de saúde da Nigéria foi envolver as comunidades em todo este processo e estimular as pessoas a serem honestas sobre os lugares onde iam e com quem tiveram contato.
No total, foram 19 casos confirmados da doença no país, com oito mortes. Um número muito menor do que poderia ter sido.---
---Em um mundo ideal, países como Libéria, Guiné e Serra Leoa aplicariam os mesmos procedimentos, no entanto, a probabilidade de isto acontecer é baixa.
Segundo o editor de ciência da BBC David Shukman, a Nigéria, apesar da fama de corrupção no serviços públicos, tem uma burocracia que funcionou de forma eficiente como estratégia contra o ebola. Uma situação diferente da vivida nos três países mais afetados pela doença - que enfrentam pobreza extrema e sofrem as consequências de conflitos internos.
Mas é preciso ter cautela, ter certeza de que a "tempestade" passou mesmo. O diretor do CDC, Tom Freiden, comparou o ebola a um combate de incêndio na floresta - "deixe um pedaço de carvão aceso, ou um caso sem ter sido detectado, e a epidemia pode ser reacesa".
A Nigéria entretanto, completou os 42 dias necessários sem registros de novos casos.
A OMS acredita, entretanto, que até 15 países africanos correm o risco de ser atingidos pela epidemia.
E uma nova preocupação está surgindo entre especialistas: de que a escala da epidemia agora seja tão grande - e ela esteja tão espalhada -, que seria impossível seguir o exemplo da Nigéria, de rastrear literalmente casa caso ou suspeita. Isso significa que a doença pode permanecer "escondida", sem registros, talvez até durante as próximas décadas.
URL:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/10/141020_nigeria_vence_eb...
Quem mente ?
Nassif,
Há dois meses o MSF anunciou que o vírus do Ebola estava sem controle em Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
Agora a mídia internacional anuncia que o vírus está sob controle na Nigéria, um país com mais de 170 milhões de pessoas, a maioria vivendo sob precárias condições sanitárias.
Uma pergunta- quem mente, o MSF, a OMS, a mídia ou os tres ? Parece o noticiário a respeito do Estado Islâmico.
O timing do ebola
Ebola, vaca louca, gripe aviária, gripe suína e outras ameaças sazonais de pandemias, mais do que ameaças biológicas, tornaram-se bombas semióticas arquitetadas para criar vitimização, culpa e segregação. O ebola é agora a pandemia da moda onde, no Brasil, surge em um “timing” perfeito: o segundo turno das eleições presidenciais. A grande mídia cinicamente anuncia que a informação é a única forma para “tranquilizar a população”. Um pouco de teoria semiótica revela que as manchetes da grande mídia são tudo, menos informativas: elas são “performativas”, desenvolvem uma ação – ambiguidade, boatos, medo e segregação.
http://cinegnose.blogspot.com.br/2014/10/ebola-bomba-biologica-ou-semiotica.html