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A sustentabilidade do software livre

Por foo

Think Thank do Software Proprietário, ABES diz que Software Livre é inviável no Brasil:

Do Convergência Digital

Para ABES, software livre é insustentável no Brasil 

Em sua 7ª edição, o estudo “Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências” trouxe pela primeira vez uma avaliação sobre a participação do software livre para o resultado total do mercado nacional de software e serviços de Tecnologia da Informação. Os resultados da análise conduzida pela IDC sugerem que os esforços e investimentos do setor público em sistemas open source não têm se traduzido em resultados positivos para o país.

Segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira, 27/06, pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), após uma década de apoio ostensivo de muitos representantes da gestão pública no país, em especial do governo federal, e bilhões de reais aplicados neste modelo, a participação do software livre no mercado brasileiro em 2010 foi de apenas 2,95%. O índice equivale a US$ 563 milhões dos US$ 19 bilhões faturados em software e serviços no Brasil durante o ano passado.

Gerson Schmitt, presidente da Abes, destaca que o modelo de software livre praticado no Brasil é insustentável. Principalmente se desconsiderarmos a participação do governo, responsável por 66% da cifra movimentada pelo setor. “A iniciativa privada não investe em software livre no Brasil. O empresariado não investe em algo que não seja produtivo”, dispara Schmitt.

“A pesquisa confirma o que os empresários têm alertado ao governo há anos sem serem ouvidos: o modelo de software livre não produz inovação, demanda mais mão-de-obra, remunera menos toda a cadeia produtiva, não é alto sustentável e seria praticamente inexistente em termos de PIB sem o governo como seu protagonista”, avaliou o presidente da Abes. 

E ele disse mais: “não entendemos a quem interessa insistir em mais uma década com uma estratégia que não tem resultados macroeconômicos relevantes, consome recursos milionários e ainda doa conhecimento estratégico de TI produzido com recursos públicos para concorrentes internacionais”. Segundo ele, os concorrentes internacionais respondem por nada menos que 50% dos downloads feitos no portal do software público do governo federal.

Na visão da Abes, seria mais vantajoso para o Brasil fomentar a proteção de propriedade intelectual e estímulo a tecnologias proprietárias com padrões competitivos do que o mercado de software livre. “O governo precisa mudar a política de compras públicas de software livre e serviços. Deve dar preferência à contratação de soluções ou SaaS no lugar de serviços sob encomenda, optando por tecnologias proprietárias, de fornecedores confiáveis, competitivas e com melhores práticas”, finalizou o presidente da Abes.

http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoi…

COMENTÁRIO

Insustentável?

O Linux pode não ter conquistado o desktop, como muitos esperavam; mas ele é muito bem sucedido em áreas de grande inovação e alta performance — dos dispositivos móveis baseados em Android aos supercomputadores mais rápidos do mundo.

Empresas que um dia foram start-ups, como a Amazon, o Google, o Facebook e o Twitter, não teriam sido possíveis sem um amplo leque de softwares livres, que vão do sistema operacional às bases de dados e linguagens de programação.

E por falar em linguagens de programação…

Com o Software Proprietário, o Brasil recebe caixas pretas, cujo funcionamento é considerado segredo comercial. Com o software livre nós podemos aprender como as coisas funcionam — a tão sonhada “transferência tecnológica”.

E a segurança? Outro dia ficamos sabendo que a Microsoft recebeu uma patente para sistemas de escuta em softwares de VOIP, como o recentemente adquirido Skype [1].

Tudo isso mostra, que, ao contrário do que a ABES e a Microsoft dizem, Software Livre não é apenas uma questão de custo: é uma questão estratégica.

[1] United States Patent Application – Microsoft Corporation

Aspects of the subject matter described herein relate to silently recording communications. In aspects, data associated with a request to establish a communication is modified to cause the communication to be established via a path that includes a recording agent. Modification may include, for example, adding, changing, and/or deleting data within the data. The data as modified is then passed to a protocol entity that uses the data to establish a communication session. Because of the way in which the data has been modified, the protocol entity selects a path that includes the recording agent. The recording agent is then able to silently record the communication.

http://appft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?TERM1=20110153809&Sect1=PTO1&S…

Luis Nassif

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