A autoridade para política de reunificação da Coreia do Sul Chun Hae-sung (L) conversa com a chefe da delegação da Coreia do Norte Kim Song Hye durante o encontro no Sábado, 9 de Junho de 2013.
As Coreias do Norte e do Sul chegaram a um acordo para organizar encontros a nivel governamental em Seul com o objetivo de reconstruir a confiança.
O acordo foi fechado na manhã de Segunda-feira após mais de 18 horas de negociações entre as delegações dos dois governos no vilarejo de Panmunjom – a “aldeia da trégua” na fronteira.
A mídia local da Coreia do Sul relatou que, durante a maratona de negociações, Seul e Piongyang concordaram em realizar seu primeiro encontro de alto nível desde 2007 em 12 e 13 de Junho, em Seul. O Ministro da Reunificação da Coreia do Sul também disse que ambos os lados chegaram a um entendimento parcial sobre diversas questões importantes durante as negociações de Panmunjom.
Enquanto isso, A Agência de Notícias Central da Coreia do Norte (KCNA) disse que o encontro se concentraria na retomada dos laços comerciais suspensos entre as duas nações, incluindo o complexo industrial conjunto de Kaesong. A zona industrial operada em conjunto pelos dois países foi fechada em abril durante as crescentes tensões.
“Ficou acertado que seriam discutidas problemas urgentes e imediatos com relação às relações entre as Coreias, incluindo a normalização das operações da zona industrial de Kaesong, a questão da retomada do turismo do Monte Kumgang, a questão da reunião das famílias separadas de seus parentes e outras questões humanitárias,” citou a KCNA ao final das conversações.
Em 7 de Junho, a Coreia do Norte religou uma linha direta entre os dois países que havia sido cortada em março devido às tensões.
Kaesong está localizada do lado Norte Coreano da fronteira fortificada e abriga operações de mais de 120 empresas Sul Coreanas, gerando empregos para trabalhadores de ambos os países. A Península Coreana tem estado fechada em um círculo de retórica militar durante os últimos meses. A retórica subiu de nível quando os EUA e a Coreia do Sul praticaram exercícios militares conjuntos em abril, com a participação de bombardeiros nucleares norte-americanos B-52 e bombardeiros invisíveis ao radar B-2. A Coreia do Norte censurou os treinamentos e avisou Washington e Seul que poderia efetuar um “ataque preventivo” que poderia levar a uma guerra total.
Em 1º de Junho, o Ministro da Defesa da Coreia do Sul Kim Kwan-jin e o Secretário de Defesa norte-americano Chuck Hagel disseram em Seul e em Washington que manteriam uma aliança forte em face ao que descreveram como a potencial ameaça da Coreia do Norte. MR/HN