Estado Islâmico destrói monastério e remove cristãos na Síria

Jornal GGN – O Observatório Sírio para os Direitos Humanos denunciou que militantes do Estado Islâmico destruíram um monastério na província de Homs, na Síria, e transferiram reféns cristãos que mantinham na região.
O grupo radical tem avançado nas áreas desérticas a leste e sul de Homs, depois de tomar a cidade de Palmira em maio. Acredita-se que o Estado Islâmicos faça saques e utilize as antiguidades para financiar suas atividades. Destruído pelos radicais, o mosteiro Mar Elian, ficava na cidade de Al Quariatain e foi construído há 1,5 mil anos.
Do O Globo
Grupo concentra reféns em área próxima a sua capital no país
BEIRUTE – Militantes do Estado Islâmico demoliram um monastério na província de Homs, no centro da Síria, e transferiram vários reféns cristãos que mantinha na região, denunciou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. O grupo tem intensificado sua campanha nos arredores de Palmira, monumento histórico tomado em maio.

A exemplo do que já fizeram em cidades como Palmira e a iraquiana Mossul, os jihadistas usaram escavadeiras para destruir o mosteiro Mar Elian, na cidade de Qaryatain, que eles haviam tomado no início de agosto.
Em meio à destruição do patrimônio, aviões de guerra do governo sírio alvejavam a área com ataques aéreos.
Qaryatain está perto de uma estrada que liga a antiga cidade romana de Palmira às montanhas Qalamoun, ao longo da fronteira com o Líbano. O grupo militante radical vem ganhando terreno nas áreas desérticas a leste e sul de Homs, depois que tomou Palmira em maio.
A cidade foi tomada pelos militantes em maio, mas ainda não se tem notícia de que tenham danificado qualquer patrimônio das ruínas dos monumentos da era romana, apesar da reputação de destruírem artefatos idolatrados em outras culturas.
Antes de a cidade ter sido tomada pelo Estado Islâmico, governantes sírios disseram terem movido centenas de estátuas antigas para lugares a salvo, sem nem considerarem que viriam a ser destruídas por militantes. Era mais provável que o EI procurasse por itens portáveis, sem registro, mais fácil de serem vendidos.
Em junho, o Estado Islâmico explodiu dois santuários em Palmira que não eram parte das estruturas da era romana, mas que os militantes classificavam como pagão ou sacrilégio. No início de julho, divulgaram o vídeo do assassinato de 25 soldados reféns no anfiteatro romano.
A Unesco alertou no mês passado para o aumento “em escala industrial” do número de saques. O Estado Islâmico defende a destruição de patrimônios como Nimrod, no Iraque, mas não esclarece muito como essas antiguidades financiam suas atividades. Artefatos roubados são parte significativa da ideia que se tem das receita multimilionária do grupo, mantida também por reservas de petróleo, taxações e extorsões.
O Ei domina mais da metade do território sírio.
Redação

Redação

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  • Sem retorno

      Por mais que a ONU, e demais potencias ou sub-potencias, emitam resoluções e/ou acordos, a situação da região, em face ao ISIS ( EI ), não tende a pacificação, e mesmo as propostas de recrudescimento das ações militares contra suas hostes, mostram-se infrutiferas, e quaisquer ações em "terra", com tropas internacionais, uma intervenção deslavada, só encontram eco nos discursos, pois alem do Irã , que auxilia diretamente o governo iraquiano, com tropas, comando e equipamentos, ninguem quer entrar em combate direto com o ISIS, o que seria inutil.

       A proposta mais viavel para a Siria - aprovada recentemente no SC/UN - encampada e dirigida pelos esforços russos e iranianos, aliás pouco explicitada aqui no Brasil e no Ocidente, é arriscada mas realista, pois mantem Assad , muitos podem não gostar dele, perto do pai dele ele é um "democrata", mas necessário, pois tem apoio, tanto dos xiitas como dos cristãos orientais e drusos, e a oposição a ele, a "ocidentalizada", tipo "Observatório Sirio dos D.Humanos", é um saco de gatos, cujo unico ponto em comum é derrubar Assad.

       Que ninguem se espante, se daqui há alguns anos, como ocorre hj.no Afeganistão, e já aconteceu no Iraque, comissões "diplomaticas", sentarem-se a mesa de negociações, com "sheiks" do Estado Islamico.

        P.S.:  O Ocidente ( Europa ), já percebeu que fez uma cagada na Libia, atualmente dividida em varias facções, e no minimo em 3 estados ( Cirenaica - jazidas de oleo ; Tripolitania - as refinarias e portos; Fezzan - os miseraveis e "não- arabes" , mas islamicos ferozes ), e a corrente migratória destes estados, incluindo os subsaarianos, que tem que atravessar a Libia, pressiona a Europa - com Khadaffi tais fatos não ocorriam em tal escala assustadora -, e Assad, que não é burro, sabe que imigração de seu povo, tambem pressiona a Europa, e que ele, apesar de seu despótico governo, ainda pode ser o ponto de equilibrio naquela região.

          Aliás, o tema - refugiados - foi comentado pela "Kaiserin Merkel" com a Sra. Rousseff.

    • concordo.
      só os imbecis de

      concordo.

      só os imbecis de sempre não sabem que Assad ( como Kadaffi ) são produtos de um "meio".

      Logo não há como esperar haver governo democratico nos termos que o ocidente entenda como tal

      O incrivel é que a Europa não aprendeu nada com a intervenção patética do Bush filho sobre o Iraque  e seu resultado tragico para aquela região.

      Politica é algo complicado e a relação custoxbeneficio tem que ser levada em conta e não supostos valores utopicos que quando aplicados em nome de um tal de humanismo democratico acaba só causando ainda mais dor , destruição, mortes e totalitarismo que o regime anterior...

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