“Ainda em pauta”. Com este título, O Globo publicou um “primoroso” editorial em que cobra mais reformas do governo Dilma Rousseff. “Por ter aprovado uma Constituição contemporânea no que se refere à democracia e direitos civis, porém defasada no tempo em questões econômicas e sociais, o país mantém uma agenda eterna de reformas”, argumenta o texto.
Este trecho, aliás, é o abre do editorial. Nele, o jornal, que foi uma espécie de diário oficial ou Voz do Brasil escrita da ditadura militar, simplesmente reafirma sua posição contrária aos tópicos relacionados à democracia e aos direitos civis embutidos na Constituição Cidadã (a definição é do dr. Ulysses Guimarães) de 1988. O jornalão sempre os teve como liberais e avançados demais para seu gosto.
Mas o trecho é, acima de tudo, a porta de entrada para o jornal externar sua posição contrária à criação do Fundo de Pensão dos Servidores Públicos Federais (FUNPRESP) em tramitação no congresso Nacional, e contra benefícios sociais a trabalhadores em geral, em particular aos do serviço público.
CLT é mostrada pelo jornal como mera herança varguista
Aí, sai de baixo. O menor dos ataques que fazem aos direitos sociais conquistados pelos trabalhadores brasileiros é associar a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) a “normas herdadas do varguismo da década de 40, com grande influência do fascismo italiano de Mussolini”. Realmente é indiscutível a autoridade moral de O Globo e de sua postura na ditadura para ditar normas sociais e de democracia…
Mas, quais são as razões do Globo para um editorial tão lamentável e ridículo? Devem querer um fundo privado para gerir a previdência do funcionalismo. A posição do jornal vai na linha defendida pela Casa das Garças, o grande ninho, no Rio, de economistas do PSDB e de oposição.
Tem o mesmo teor, também, do seminário promovido e dos demais discursos tucanos na linha de privatizar os bancos públicos, uma defesa na qual (os tucanos) se engajam cada vez mais, à medida em que o mercado de capitais se fortalece e crescer no Brasil.
Mas o jornal dá igual espaço do editorial a artigo de Vicentinho Entenderam? Nada é de graça. No fundo, este editorial de O Globo ecoa a disputa política e financeira pelo controle das fontes de financiamento da economia.
Respeite-se e registre-se que o jornal acatou plenamente uma espécie de direito de resposta. Ao lado na mesma página, na parte “Outra Opinião”, dá igual espaço ao artigo “Sem ceder direitos”, do deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP). Em seu texto Vicentinho é taxativo: “modernizar as relações de trabalho não pode levar à perda de direitos”.
Convido vocês a lerem o artigo do Vicentinho publicado em O Globo. Ele está disponível no portal da Contraf.
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