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Vamos colonizar o Brasil?

Primeiramente, atitudes positivas.

Em vez de criticar aquilo que está sendo feito, com vasta exposição via mídia, paga e muito bem paga (Greenpeace, WWF), vamos usar a verba para fazer campanhas de como fazer bem feito.

A ocupação da Amazônia é irreversível.

Não adianta negar nem lutar. O máximo que se pode fazer é retardar e conseguir proveito da decisão do adiamento.

Como discutir o que está sendo feito sem saber como fazer?

Os nossos sistemas foram trazidos da Europa medieval, em todos os sentidos: vestimenta, alimentação, técnicas agrícolas, materiais básicos, veio tudo de lá.

Na bagagem, trouxemos o conceito de escravizar, dizimar, subjugar, impor, com a soberba da suposição da sabedoria.

Esquecemos de perguntar: como é que vocês resolvem isso aqui?

Os índios diriam:

A gente ocupa uma área.

Constrói casa e infra-estrutura, roça de mandioca, passa uns tempos.

Quando percebemos poluição, doenças em animais , dificuldade para arranjar comida, a gente muda.

Fazemos uma busca e escolhemos um bom novo lugar para morar.

Passamos ali mais uns tempos e nos mudamos para outro, e assim por diante até que o primeiro lugar já esteja completamente restaurado para então voltarmos a passar mais uns tempos lá.

Como a gente faz quando vai para os EUA, ou Moçambique?

Como são os costumes, preciso tomar vacina, o que posso e não posso fazer neste pais, nesta civilização. 

Nós não tentamos escravizar os americanos e muito menos guerrear contra os moçambicanos para expulsá-los mais pra lá.

Dá-me licença de entrar na terra de vocês?

Como é que vocês resolvem isto aqui?

Voltando ao Brasil vamos criticar os empreendedores da floresta brasileira construtivamente.

Normatizar com regras não só viáveis, mas também lucrativas.

Você fez inventário da sua área?

Levantamento topográfico?

Analisou a topografia do lugar?

As queimadas que a gente vê na mídia são todas quadradas. Como assim? A topografia amazônida ou do sudeste não é com certeza uma mesa de bilhar um tabuleiro de xadrez. Isso é básico, o primeiro passo. Onde e o que derrubar para que eu possa estabelecer a minha base de operações.

Queimam matas ciliares (áreas de preservação permanente em qualquer lugar do Brasil e que futuramente vão ser multados pelo IBAMA e intimados a reflorestar), entopem córregos, derrubam áreas de inclinação superior a 20% sabidamente não viáveis para a agricultura e nem mesmo para a pecuária. E ainda pagam para fazer isso. Investem assim parte do seu rico dinheirinho. E se orgulham disso o que é pior.

Antes de mais nada, vamos cobrar competência.

Cobrar o fim das queimadas e o aproveitamento integral da madeira.

Ensinar como fazer.

Será que sabem? Perguntaram como é que vocês resol……?

Para ensinar é preciso aprender.

Na agricultura, primeiro chegamos a conclusão de que era melhor primeiro gradear e depois arar. Exatamente o inverso da tecnologia européia, vastamente utilizada por mais de 450 anos. Aumentou a produtividade e melhorou a estrutura do solo.

Pouco tempo depois, criou-se o plantio direto, que aumentou a produtividade, melhorou a estrutura do solo, reduziu a quantidade de aplicação de agrotóxicos, diminuiu a perda de solo fértil e nos tornou menos vulneráveis aos fatores do clima. Protegeu de assoreamento os rios. Gastamos metade do óleo diesel que gastávamos e que o resto do mundo ainda gasta para produzir alimentos. Tecnologia gaucha, brasileira, inventada por um “ruralista” desses que vive sendo apedrejado pela mídia e pelos ambientalistas urbanos.

O uso do paletó e gravata é muito restrito, a vestimenta já foi adaptada, para o bem estar dos brasileiros.

Não prego a nudez, antes que assim me interpretem.

Não prego nenhuma atitude radical de viver como índios.

Prego a libertação da soberba da pretensão da sabedoria e a humildade e reverência para com a sabedoria nativa.

Como é que vocês resolvem isso aqui? Ensina-me.

“A humildade é o caminho para o sucesso permanente” – Lao Tsé.

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