MTST protesta em São Paulo contra mudanças no Minha Casa Minha Vida

Jornal GGN – Na tarde de ontem (15), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto convocou dois atos na cidade de São Paulo em protesto contra as modificações no programa Minha Casa Minha Vida pelo governo de Michel Temer.
As manifestações saíram do Largo do Batata, na zona oeste, e da Praça da República, no centro, em direção à sede da presidência da República em São Paulo. Segundo o MTST, cerca de 20 mil pessoas participaram dos atos e outros 200 militantes do movimento estão acampados na avenida Paulista.
Além de protestar contra as mudanças, os Sem Teto também pedem a contratação de moradias pela faixa 1 do programa, que atende famílias com renda de até R$ 1800 mensais. O objetivo é manter o acampamento até o governo federal garantir que vai retomar a contratação de moradias para a população mais pobre.

Para o movimento, as alterações no Minha Casa Minha Vida prejudicam os mais pobres enquanto beneficiam a faixa da população de maior renda. O teto para acessar o programa saiu passou de R$ 6.500 para R$ 9.000. Também foram elevados os limites do valor dos imóveis no caso de contratação com uso do FGTS.
Para Guilherme Boulos, líder do MTST, estas alterações fazem com que o programa se transforme em uma linha de crédito imobiliário, prejudicando o caráter social do MCMV.
“Quando você coloca o limite de renda familiar em R$ 9 mil e centra o programa nas faixas 2 e 3, que é para a classe média, sendo que 84% do déficit habitacional é de quem ganha menos de três salários mínimos”, explica, afirmando que o governo Temer “liquida o programa social e cria um balcão imobiliário”.
Natalia Szermeta, também do MTST, diz que os recursos do programa para a moradia na faixa 1 estão estagnados desde o ano passado, a partir da posse de Michel Temer. “Há pouco tempo, ele anunciou 600 mil moradias, mas ele está investindo apenas em uma parcela da população, que a é de classe média”, explica.
Somente 170 mil contratações serão destinadas para a faixa 1, de um total de 610 mil novas moradias. 35 mil estão na modalidade Entidade Rural e outras 35 mil para Entidades Urbanas, e as 100 mil restantes são do fundo de arrendamento residencial, em parceria com municípios e Estados.
Com informações da Rede Brasil Atual
Imagens e vídeos: Nacho Lemus

 

 

Redação

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