Jornal GGN – A CPI da Covid começa a semana de depoimentos com a representante da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, a empresa que atuou como intermediária do laboratório indiano Bharat Biotech no contrato da vacina Covaxin, que apresentou diversas irregularidades. Nesta segunda (12), Emanuela conseguiu um Habeas Corpus para permanecer em silêncio e tenta não participar na CPI.
A negociação com a indiana chamou a atenção por ter se tratado do contrato mais caro entre todos os imunizantes, com um investimento total de R$ 1,614 bilhão para o Brasil obter 20 milhões de doses da vacina, e pelo histórico da Precisa Medicamentos, que integra o grupo Global. A Global detém uma dívida junto ao Ministério da Saúde, em contratos durante a gestão do atual deputado Ricardo Barros na pasta, que teria favorecido a empresa, sem nunca ter entregue os medicamentos contratados.
Ainda, a CPI da Covid desvendou uma série de irregularidades na negociação da compra do imunizante. Na última sexta (09), o técnico da Saúde, William Santana, detalhou os erros na Invoice que foi entregue pela Precisa Medicamentos, entre elas, tentando obter um pagamento adiantado de US$ 45 milhões, oferecer menos doses do que indicava o contrato original e aparecer uma terceira empresa figurando como beneficiária do acordo, a Madison Biotech, com sede em Singapura, paraíso fiscal.
Como diretora técnica da Precisa, Medrades era o contato direto do Ministério da Saúde para o envio da Invoice (nota fiscal) do contrato para a venda da vacina indiana.
Acompanhe o depoimento na TV GGN:
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