CPI da Covid

Roberto Ferreira Dias nega ter feito pedido de propina

Jornal GGN – Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, negou ter feito oferta de propina para a compra de vacinas contra a covid-19, e diz que está sendo massacrado “sem que haja uma única prova que sustente tais alegações”.

“Em 25 de junho, fui injustamente acusado nesta CPI de pressionar um funcionário chefe da divisão de importação e, como prova, foi demonstrada uma mensagem encaminhada às 20h46 de um sábado, dia 20 de março, onde eu perguntava ‘como eu estava a LI da vacina?”. Esta é a única frase que me atribuem na apresentação como prova de pressão indevida”, disse Dias à CPI da Covid-19, em andamento no Senado Federal nesta quarta-feira.

Segundo Dias, o teor da mensagem em questão “se referia à LI da vacina AstraZeneca, que chegaria no domingo dia 21 de março, um dia depois do envio daquela mensagem e contaria com a presença do ministro da saúde e outras autoridades em seu desembarque no aeroporto de Guarulhos, como de fato aconteceu”.

Roberto Dias também negou a denúncia feita pelo deputado federal Luis Miranda (DEM) sobre a compra da vacina Covaxin, e afirmou não ter tido “participação alguma na escolha da empresa, do produto, dos quantitativos disponíveis, do cronograma de entrega ou da definição de preço, nem tampouco condições contratuais, me cabendo no ambito das vacinas covid-19 atos ordinários para consecução do processo administrativo, e medidas operacionais de logística.

O ex-diretor confirmou ter ido ao restaurante Vasto no dia 25 de fevereiro, onde diz ter ido tomar um chope quando foi abordado pelo coronel Marcelo Blanco, que estava acompanhado de uma pessoa que se apresentou como Dominguetti – no caso, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti.

“Feitas as apresentações, o senhor Dominguetti disse representar uma empresa que possuia 400 milhões de vacinas da fabricante AstraZeneca. Neste momento eu disse que isso já havia circulado no ministério, mas nunca teria sido apresentada a documentação necessária e citei o nome do senhor Cristiano”, disse Dias.

“O mesmo disse que era parceiro comercial do senhor Cristiano, e que sua empresa teria tais documentos. Então pedi que encaminhasse um pedido formal de agenda ao ministério, que em agenda oficial se sua documentação fosse consistente um processo seria aberto e encaminhado para a secretaria executiva para providências, uma vez que é ela que cabia toda a negociação de vacinas covid-19”.

Com relação ao pedido de propina declarado por Dominguetti, Roberto Dias disse que nunca houve um pedido nesse sentido, e que o próprio Dominguetti reconheceu à CPI que nunca esteve com Dias antes daquela data.

“Estou sendo acusado sem provas por dois cidadãos, o senhor Dominguetti – que foi constatado nesta CPI ser um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde. E durante sua audiência, deu mais uma prova de sua desonestidade mostrando não ser merecedor de nenhum crédito por parte desta casa”.

Roberto Dias também chamou o deputado federal Luis Miranda de ‘mentiroso’, ao afirmar que o mesmo negociava materiais para o setor de saúde – luvas, afirmando que ele possuía contato com Cristiano desde setembro de 2020, e disse ter negado um cargo para o irmão do deputado, o servidor público Luis Ricardo Miranda.

“Confesso que neguei um pedido de cargo para o seu irmão servidor, e por um momento imaginei que pudesse ser uma retaliação. E confesso que sempre achei desproporcional demais. mas agora o que se desvenda é a possibilidade de ter ocorrido uma frustração no campo econômico também”, disse Dias. “A grande verdade é que estou sendo vítima de ataques contra minha honra e integridade por duas pessoas desqualificadas sem que nada, absolutamente nada, tivesse sido provado. E nem será. Só se pode provar aquilo que é feito e como nunca fiz, nunca será provado”.

Redação

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