Alternativas econômicas para retomar crescimento é tema do Brasilianas

Programa avalia cenários possíveis para o próximo ano e o impacto das políticas cambiais
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Brasilianas.org – O impacto do câmbio e dos juros sobre o desenvolvimento econômico do país, análise do modelo econômico para o desenvolvimento praticado nos últimos governos e os cenários econômicos possíveis para 2017 serão os temas tratados no programa Brasilianas desta segunda (09), ao vivo, a partir das 11h da noite, na TV Brasil.
O apresentador Luis Nassif recebe nessa edição o ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, o professor do Instituto de Economia da UFRJ, Ernani Torres, o professor da Escola de Economia da FGV de São Paulo, Leonardo Weller e, para avaliar a crise do sistema jurídico-político, o professor de Direito Público da Universidade de Brasília, Marcelo Neves.
Com uma avaliação do desempenho econômico dos últimos anos é possível começar a pensar em cenários possíveis para 2017. Recentemente uma pesquisa divulgada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a produção industrial brasileira, como um todo, recuou 11,4% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. Mas há indícios de melhora em alguns setores: 12 dos 14 ramos econômicos da produção industrial investigados pelo instituto apresentaram leve crescimento na passagem de fevereiro para março deste ano.
Para o órgão de pesquisas estatísticas o movimento positivo recente foi possível por dois fatores: desvalorização do real frente ao dólar, ajudando no aumento das exportações de produtos brasileiros, e a redução de estoques. O estoque é ruim para a economia porque é capital parado, significa que o empresário investiu na produção ou aquisição de produtos que não estão sendo vendidos, e quanto mais tempo de prateleira menor o retorno do lucro.
A indústria brasileira teve resultados negativos durante todo o ano de 2015, por isso o desempenho positivo de metade dos setores avaliados no último mês, mesmo que tímido, pode apontar para um início de recuperação. Além dos setores industriais é preciso destacar a importância dos produtos agrícolas e minerais na balança comercial do país.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores a balança comercial brasileira fechou o mês de abril com saldo positivo entre importações e exportações de US$ 4,861 bilhões, favorecida sobretudo pelas exportações de commodities e outros produtos de baixo valor agregado. Este é o melhor resultado para os meses de abril desde o início da série histórica em 1989.
O MRE calcula que a previsão de superávit até o final do ano será de US$ 50 bilhões batendo o recorde histórico de maior saldo positivo da histórica. O recorde atual é de 2006 com US$ 46 bilhões de saldo.
Sobre os entrevistados
– Demian Fiocca, Sócio-diretor da MARE Investimentos e ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
– Ernani Torres, Professor do Instituto de Economia da UFRJ. Doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua áreas de Pesquisa em Economia Monetária e Econômica Internacional, atuando principalmente nos seguintes temas: economia mundial, economia do petróleo, sistema financeiro brasileiro, globalização financeira e economia japonesa. Foi economista e Superintendente do BNDES;
– Leonardo Weller, Professor da Escola de Economia da FGV de São Paulo. PhD em História Econômica pela London School of Economics (LSE). Graduação e mestrado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Trabalhou como professor visitante na Universitat Pompeu Fabra (UPF). Atualmente ensina história econômica, macroeconomia, e desenvolvimento da América Latina na São Paulo School of Economics – FGV. Foco de pesquisa: crises financeiras e mercado de dívida soberana.
Marcelo Neves, Professor Titular de Direito Público da Universidade de Brasília – UnB. Doutor em Direito pela Universidade de Bremen, com bolsa do DAAD (1991). Obteve livre-docência pela Faculdade de Direito da Universidade de Fribourg na Suíça (2000).
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Redação

Redação

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  • Nova agenda progressista

    O Governo, depois desta tormenta quase perfeita, se vencer contra o impeachment, deve voltar com tudo para o ataque, pois não há nada mais a perder (e muito a ganhar) e, o pouco que restava, quase foi levado pelo impeachment. Não há mais espaço de recuo nem de concessões, mas sim a hora de pensar em 2018 e voltar ao ataque.

    Então, sugiro a seguinte pauta pós “não impeachment”:

    1.       União das esquerdas;

    2.       Focar agora nas eleições municipais, tentando juntar as esquerdas em candidaturas fortes e unificadas;

    3.       Construir plano nacional de agenda positiva, com ações efetivas e simples de medir e/ou acompanhar (obras públicas, passe livre, Minha Casa Minha Vida, etc.);

    4.       Mostrar à população sobre políticos que votam contra avanços sociais. Não negociar com políticos corruptos, mas apenas tentar e mostrar ao povo quem foi contra, caso a caso;

    5.       Concluir a transposição do Rio São Francisco e inaugurar grandes hidroelétricas;

    6.       Plano de obras públicas de base (em municípios) com intensivo uso de mão de obra;

    7.       Chamar às FFAA para colaborar com a Agenda Positiva, particularmente na execução física de obras estruturantes e de ações sociais em favor da comunidade;

    8.       Plano nacional de serviço cívico/militar. Jovens desempregados e sem diploma (tentar cursos técnicos profissionalizantes nas FFAA), e profissionais recém-formados fazendo serviço cívico obrigatório, na sua especialidade, no interior do Brasil.

    9.       Suspender todo o dinheiro público em publicidade nos meios do PIG;

    10.   Reavaliar a divida interna e externa do Brasil. Repactuar ou romper.

    11.   Fazer um bom trabalho nas Olimpíadas e, na paralela, desenvolver um Plano geral de Desporte Amador e Recreação, através das Universidades Federais, que deverão criar departamentos de esporte e irradiar o seu efeito pelos colégios e escolas da sua região respectiva. Isso rápido, para aproveitar o embalo das Olimpíadas;

    12.   Manter o povo mobilizado e atuando efetivamente nas medidas do plano nacional de agenda positiva. Mostrar avanços. Informar;

    13.   Propor ao congresso uma lei de reforma política;

    14.   Exigir, da TV (que é concessão pública), pelo menos 15 minutos diários (ou o tempo que necessário for – deixe que chiem e continuem conspirando) para informar diariamente dos avanços à população e, principalmente, das ações que foram eventualmente travadas pelo congresso (indicar nomes). Elaborar filminhos do tipo “Brasil Avança” e divulgar diariamente por todas as redes de TV com concessão pública;

    15.   Ajudar a estender o alcance da TV Brasil e outras redes públicas para todo o território nacional.

     

    Tudo isso será julgado em 2018.

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