Foto: Reprodução
Do blog do Marcelo Auler
Conhecido pela sua fala franca, críticas ácidas, até entre os amigos e aliados – como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, o ex-governador do Ceará e ex-ministro de Lula e de Dilma Rousseff, Ciro Gomes, mostra ceticismo com relação ao futuro da Republica. Para ele existe apenas uma saída: as manifestações nas ruas. Porém, exige mais: “é preciso aquecermos a linguagem dos protestos. Estamos lidando com uma república de bandidos”. A quem se mostra admirado com suas proposições de radicalização, ele alerta que ao se lidar com bandidos, “quem dá a arma é o inimigo”. Exemplifica:
“Se a gente esquentar o protesto, a gente mostrar que nós, o povo brasileiro, unido, por esmagadora maioria, estamos de olho no que eles vão fazer e que não vamos aceitar trambique, nem soluções menores, eles são capazes até de mudar o seu próprio interesse pragmático do momento, em nome de uma sobrevivência política ou física“.
Física?
“Física, claro! Porque se as pessoas mostrarem que estão zangadas, os políticos começam a temer. Esse negócio de esculhambar com deputado em aeroporto é muito bom. Muito bom mesmo. Tem que fazer. Estou dizendo a você, o país paga um preço também pela passividade”.
Dentro dessa sua linha de pensamento, até reconhece a ação dos black blocs :”Ah, eu compreendo com o meu coração“. Adverte, porém, para a necessidade de se evitar infiltrações. Segundo diz, elas contam com pessoas “muito provavelmente do próprio dispositivo policial. Infiltrados, para descaracterizar, diante de uma certa classe média, que está zangada, mas que fica assustada… Então temos que achar fórmulas de, organizadamente, esquentar o protesto, mas não se deixar manipular por infiltrados”.
Durante aproximadamente 30 minutos de conversa, da qual participou a nosso convite Maurício Dias, colunista da CartaCapital, Ciro deixou claro que pretende lutar pelo direito do povo eleger seu presidente, até em conformidade com a linha programática do PDT. O seu partido defende a antecipação das eleições de 2018 para a escolha não apenas do presidente e vice, como também de deputados e senadores. Mas, se mostra cético de que isso ocorra.
Assim como não acredita que a situação se resolva por algum gesto de Michel Temer, por ele tratado como “temerário”, ou mesmo do Congresso – ambos brindados com diversos adjetivos: reacionários, corruptos, inescrupulosos, sem dignidade, golpistas, salafrários, canalha, chicaneiros, entre outros -, também não dá crédito ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por isso, insiste que a saída só será conquistada se aumentarem as manifestações públicas. Porém, lembra, que não é possível convocar a população para “defender em abstrato a democracia“:
“A descrença do povo é muito justa. Isso (defender a democracia de forma abstrata) é muito fácil para nós outros, com o bucho cheio, com quatro refeições“
Critica ainda a manipulação de lideranças das organizações sociais, como fizeram “muitos do nosso lado, as forças progressistas”. A cooptação levou as lideranças a perderem “o veio de transmissão com a base“.
Apesar de sua metralhadora crítica se voltar mais para o “temerário” e sua base aliada no Congresso, o ex-ministro de Lula e Dilma não deixa de desaprovar também práticas e alianças dos governos petistas. Critica o próprio ex-presidente, mesmo ressaltando os lados positivos dos últimos 12 anos de governo. Censuras que considera necessário que sejam debatidas na hora de se buscar a construção de uma aliança:
“Vamos continuar engabelando o povo com esse papo furado? Isso que precisa ser dito com clareza. O Povo está pronto. Agora, o povo precisa das mediações corretas para não se sentir engabelado, de novo. Quem é que botou o Michel Temer na linha de sucessão? Quem fez o Eduardo Cunha ter poder para eleger-se presidente da Câmara? (…) Na hora que a gente quiser construir unidade, eu exijo que a gente discuta tudo”.
Com este discurso, em que elogia as conquistas sociais promovidas pelo PT, mas bate nas alianças, no apoio aos políticos que classifica de salafrários e também na política econômica liberal, Gomes, na verdade, apresenta-se ao público como uma opção a Lula. Principalmente aos petistas desgostosos e críticos aos mesmos pontos. Mas, aparentemente, é algo para o futuro.
A entrevista com Ciro Gomes é apresentada aqui sem nenhum corte. Ela apenas foi editada, de forma a que suas explicações sejam contextualizadas. A ordem cronológica das perguntas também foi mantida. A edição dos vídeos contou, mais uma vez, com a ajuda de Américo Vermelho, fotógrafo e cinegrafista amigo do Blog. A ele e a Dias, agradeço a ajuda.
A Nação é a última preocupação – No seu entendimento, ao se violentar a regra básica da democracia com o golpe que destituiu Dilma Rousseff, transformou-se o processo político em uma “certa selva“. Hoje há uma conflagração absoluta, assentada no ódio, e os “principais homens do país não estão em conversa, não dialogam, não explicitam suas diferenças”. Aparentemente o país e a Nação são suas ultimas preocupações. Querem é sobreviver politicamente. E, possivelmente, longe da cadeia.
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simples
Ciro não passa de um oportunista e irresponsável. A sujeira da corrupção dos políticos não é mais fétida do que as fortunas amealhadas por ricaços que lucram muito mais do que o merecido em seus negócios nem sempre tão limpos.
Dirigir à política a sentença de culpada pela situação do país, é o melhor para abrir caminho para cabelas iluminadas, como ele julga portar, com a ditatura dos sabidos querendo liderar massas com discurso midiático e canastrão.
Por que será que precisaram editar o vídio? Para esconder a idiotia?
"Dentro dessa sua linha de
"Dentro dessa sua linha de pensamento, até reconhece a ação dos black blocs :”Ah, eu compreendo com o meu coração“. Adverte, porém, para a necessidade de se evitar infiltrações."
Como ele sugere que se evite infiltrações?
Os Black blocks são profissionais, não cidadãos rebeldes e indignados expressando espontaneamente sua indignação com violência. Não há dúvidas de que havia gente pagando pelo servico deles, a questão é saber quem.
Apesar do verniz de modernidade Ciro é um grande exemplo do neo-coronelismo. Ambicioso, arrogante, presunçoso, autoritário(muito) e intolerante. E isso ficou muito claro quando ele levantou a bola de seu padrinho político, Tasso, outro neo-Coronel, como melhor candidato a presidente de araque(indireto). Seu alvo preferido é o Lula pq sabe que com ele na disputa Ciro vai segurar a lanterna sempre.
Não confio neste senhor.
Não confio neste senhor. Este radicalismo panfletário, é como o canto da sereia, ótimo pra encantar marujos de primeira viagem.
Orlando
O PDT poderia disponibilizar ao Ciro Gomes assessores com formaç
O PDT poderia disponibilizar ao Ciro Gomes assessores com formação em relações públicas e advogados para evitar criar tantas polêmicas e embaraços. Desse jeito, ele vai se inviabilizar sozinho.
Infelizmente temos muito poucas alternativas, e o Ciro poderia ser uma opção, mas seu ego de pré-adolescente em busca de afirmação põe tudo a perder.
O Brasil tornou-se uma nação
O Brasil tornou-se uma nação incivilizada quando a justiça é injusta, o Congresso é formado por uma maioria de gansgteres, e o presidente, pego em atos de bandido encontra na justiça, no congresso e na imprensa base de apoio irrestrito, embora com alguns contrapontos, porém insuficientes para destroná-lo.
Exemplifica-se, por meio do presidente, a forma mais imunda por que deve se conduzir um chefe de estado. Manobras se fazem por debaixo dos panos, ou mesmo por cima deles, conforme temos observado, como se mais ninguém soubesse o que sentir-se envegonhado de nada.
O ceticismo de Crio Gomes, a meu ver, é sincero, e muito forte. Quando, enfim, até seu modo de ser deixou de existir, dando lugar a um político triste, sem esperaça de coisa nenhuma. É a fala de um político derrotado, por não conseguir imprimir em ninguém um sentimento de amor à Pátria.
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a.....
Caro sr. Ciro, uma vida inteira neste "lenga-lenga". Ninguém tem profissão ou trabalha fora da Politica. Entram classe média e depois saem milionários. Quando saem. Geralmente "a morte" sai com eles. Mas todos juram pobres, honestos e vocacionados. E ainda tem brasileiros iludidos ou lunáticos a acredita nisto. Nossa Elite fingindo que chegando ao Poder a última cartada da centro-esquerda, a última virgem a alcançar o poder, e nada resolver para a Nação, mas resolver muito para os seus, não voltaríamos na bagunça da falta de rumo? Cachorro atrás do rabo. Situação recorrente a cada 30 anos. O gancho de Collor há 25 anos era ser o Caçador de Marajás. Elite do Funcionalismo Público, nossa única elite, vivendo nababescamente com salários e pensões estratosféricas. Alguma semelhança com os dias de hoje? Dias de hoje, mas depois de Covas, Tancredo, Teotonio, Arraes, Amazonino, Lula, Ciro, Genro, Dilma, Alckmin, Dutra, Brizola, Serra...Alguma citação por eleições livres, plebiscitos e referendos? Voto facultativo? Mecanisnos claros de controle da sociedade civil? Diminuição dos custos de eleição? Hoje em 500 milhões por pleito e cerca de 2 bilhões em financiamneto público de partidos? Mas sabemos, de agora em diante, estas mesmas pessoas, mesmos partidos e mesmo Sistema farão tudo diferente, não é mesmo caro Ciro? O Brasil se explica.
Ciro Gomes
Ciro Gomes, bom cidadão, mas não representa o perfil para Presidente da Republica, que o Brasil precisa. Fica para uma próxima, mas pode ajudar, desde que não exija nenhum cargo.
Ciro Gomes
Pergunto a você:qual será sua atitude? o tempo já não é mais para críticas chegou o tempo de agir de tomar decisões.
O tempo é de mobilização, articulação, engajamento. Chega de discurso, de exigir somente do povo manifestações e protestos. O que este país necessita é de uma grande Frente Popular Nacional unir forças, onde estão os homens pensantes deste país? Ação planejada, táticas de organização.
Digo, um líder não nasce na classe dominante escravocrata, burra, atrasada,
ignorante, reacionária, covarde, invejosa, antidemocática, mau caráter, arrogante, antipatriota e criminosa.
Lembrando que as infiltrações nos protestos faz parte da tática do
estado terrorista implantado nos regimes de exceção, o capitão do exército infiltrado nas manifestações e que foi promovido a major, e os protestos em Brasília ( Polícia) exército.
ciro
Por ocasião do impeachment, o PDT tinha 3 senadores, hoje tem 2. Os 3 foram golpistas.
Vou reclamar isto pra quem? Pro Ciro? Quem é que o Ciro acha que engana?
Parei de ler quando ele disse
Parei de ler quando ele disse que o Ciro foi ministro da Dilma.