A arte passada de pai para filha

Para valorizar a cultura e as artes desse país, nada melhor que divulgar o trabalho e o perfil de artistas que tanto lutaram e lutam em prol desse objetivo e que às vezes não são tão conhecidos do grande público. Por isso, hoje destaco a arte de Terezinha Guedes, filha do inesquecível mestre compositor e multiartista Godofredo Guedes.

   Foi com o pai Godofredo Guedes (músico, compositor, pintor e lutier), ainda na tenra infância em Montes Claros/MG, que Terezinha Guedes aprendeu as primeiras pinceladas. Ela é uma das herdeiras da arte que corre nas veias da família – é irmã do cantor Beto Guedes e tia do músico Gabriel Guedes. Radicada em Belo Horizonte desde os anos 60, Terezinha já participou e foi premiada em várias exposições de artes em nível regional e nacional, tendo suas obras expostas em várias galerias do Brasil.

    A artista, hoje aos 79 anos de idade e com mais de 40 anos de carreira, já perdeu as contas de quantas obras pintou. Mas em todas, é possível encontrar a mesma característica: o contato com a natureza. Seja na delicadeza dos florais, na arte abstrata, natureza morta, na imponência das paisagens ou em simples cenas do cotidiano.

   Essa é uma paixão que ela pretende deixar ainda mais evidente em projetos futuros. Os seus últimos trabalhos mostram as belezas da Chapada Diamantina no interior baiano, seu estado natal (é natural de Riacho de Santana). Porém, Tê,  como é mais conhecida pelos amigos, sente-se “baianeira” de coração, pois traz consigo a alegria e as hospitalidade do povo baiano e a mineirice dos sertões do norte-mineiro.

   A artista guarda com carinho até hoje, quadros pintados por ela e também pelo pai Godofredo Guedes. E mostra que é versátil, pois os trabalhos variam de tinta à óleo a acrílica.