O resultado do estudo confirma a constatação feita pelo anatomista Raymond Dart, responsável pela descoberta do primeiro ancestral humano a andar sobre duas pernas – o Australopithecus africanus. Desde 1925, quando Dart fez a descoberta, os antropólogos debatem se a abertura na base do crânio estaria relacionada ao caminhar sobre os dois membros inferiores.
Segundo Chris Kirk, professor associado de antropologia e co-autor do estudo, os resultados validam o “forame magno” como uma ferramenta de diagnóstico para pesquisa de fósseis, e lança mais conhecimentos sobre a evolução humana. “Agora que sabemos que um forame magno deslocado para frente é característico dos mamíferos bípedes em geral, isso nos deixa mais confiantes de que as espécies fósseis que mostram esse recurso também eram bípedes habituais. Os métodos podem ser aplicados ao material fóssil que pertence a um das primeiros potenciais ancestrais humanos”, afirma.
Nos humanos, o forame magno está posicionado abaixo e no centro da caixa craniana, porque a cabeça fica no topo da coluna vertebral ereta em posturas bípede. Já em chimpanzés, o forame está localizado mais para a parte traseira do crânio, assim como no caso da maioria dos outros mamíferos quadrúpedes.
Elemento comum em bípedes
Os pesquisadores mediram a posição do forame magno em 71 espécies de três grupos de mamíferos: marsupiais, roedores e primatas. Ao comparar de forma ampla a posição da abertura por meio de mamíferos, os pesquisadores foram capazes de descartar outras possíveis explicações para um forame magno deslocado para a frente, assim como as diferenças no tamanho dos cérebros. Um forame posicionado na direção da base do crânio é encontrada não apenas em seres humanos, mas em outros mamíferos habitualmente bípedes, como cangurus e ratos-cangurus. Segundo os cientistas, todos eles têm um forame magno mais para a frente em comparação com seus parentes mais próximos, que são quadrúpedes.
Estes mamíferos bípedes, em particular, evoluíram sua locomoção por meio do reposicionamento da abertura cervical de forma independente ou como resultado de evolução convergente, explica Gabrielle Russo, pesquisadora na Ohio University Medical e uma das cientistas envolvidas na pesquisa. “Como uma das poucas características cranianas diretamente ligadas à locomoção, a posição do forame magno é uma característica importante para o estudo da evolução humana. Esse é o caso de espécies de hominídeos adiantados tais como Sahelanthropus tchadensis, o que mostra uma mudança para frente do forame magno. Mas o tema suscitou controvérsia sobre se isso está mais intimamente relacionado com seres humanos ou símios africanos”, diz.
Com informações do Phys.org
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