Falta de projetos atrativos dificulta aporte de startups, diz presidente do BNDES

Jornal GGN – Um dos principais entraves para o aporte de startups no Brasil é a falta de projetos atrativos, embora esteja amadurecendo, no país, o sistema de suporte a esses empreendimentos. A afirmação é do presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, que participou recentemente de evento realizado pelo próprio banco, pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pelo Instituto Talento Brasil.

“A restrição não é oferta de dinheiro. Talvez seja a ‘originação’ de empreendimentos atrativos ou a falta de ligação entre esses empreendedores”, explicou o presidente. Por outro lado, Coutinho, se mostrou entusiasmado com as perspectivas para novos projetos ao citar que a terceira versão do Criatec, projeto do BNDES destinado à criação de projetos inovadores, está em fase de desenvolvimento. “Mas queremos acelerá-lo porque estamos muito animados com a perspectiva de promoção de empresas nascentes no Brasil.”

Lançado em 2007, o Criatec já investiu R$ 100 milhões em projetos de micro e pequenas empresas nos últimos dois anos, segundo Luciano Coutinho. A segunda etapa do Criatec foi lançada em novembro deste ano, com previsão de investimentos que chegam a R$ 186 milhões. O presidente não especificou o montante para a terceira versão do projeto.

“Essas empresas começaram a mostrar um desempenho muito interessante. Algumas se destacaram de forma muito brilhante. A essência desse tipo de investimento é investir numa carteira de empresas com a expectativa de que algumas delas façam sucesso e outras não, mas o sucesso dessas poucas consegue remunerar o fundo, e conseguimos no Criatec bom resultado”, afirmou Coutinho.

Outro programa voltado ao setor, o Startup Brasil, também foi citado durante o evento. A edição de 2014, lançada em novembro, prevê investimentos na ordem de R$ 40 milhões para acelerar 150 startups já para o ano que vem. Apesar de elogiar a iniciativa do Governo Federal, o diretor do Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia) da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, criticou a qualidade dos serviços públicos prestados e lançou o desafio aos empreendedores do encontro a criar empresas voltadas para melhorar a qualidade desses serviços.

“Muitas startups que vemos são para ajuda a bancos, empresas, instituições. Mas o serviço público brasileiro está muito carente de inciativas em mobilidade urbana, segurança pública, educação, infraestrutura. Empresas voltadas para melhorar isso seriam interessantes”, afirmou Roriz, em apresentação no seminário Construindo Startups de Classe Mundial.

Com informações da Fiesp.

Redação

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  • Segurança Publica

       Start ups dedicadas  a segurança publica, no Brasil, só se forem associadas a IBM, Motorola, Rohde & Scharwz, Thales- Omnisys, EDS - AEL, e outras.

        Será que o Dr. Coutinho ( que conheço da UNICAMP, desde a decada de 80), e as "burras" de dinheiro do BNDES, não se aperceberam ainda, que qualquer solução privada de origem nacional, que atue na area de segurança e defesa, quando aparece, logo após entra no esquema da 12598, dos 40% legais para empresas estrangeiras, parece que o Coutinho não le o que publica - as classificadas no INOVADEFESA, são em sua excelsa maioria ( + de 80%), joint-ventures de multinacionais, até a GE e a Thales, entraram na fita - como se necessitacem de mais dinheiro.

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