Sob Bolsonaro, Brasil, sofre a quarta queda consecutiva no ranking da Repórteres sem Fronteiras , que avalia a prática do jornalismo em 180 países
Jornal GGN – A situação crítica da prática do jornalismo no Brasil, é apontada no levantamento da Repórteres sem Fronteiras sobre liberdade de imprensa, divulgado nesta terça-feira, 20 de abril. O país sofre a quarta queda consecutiva no ranking e, agora, é visto como um dos locais onde a situação da imprensa é considerada uma ameaça. As informações são de Jamil Chade, no Uol.
De acordo com o levantamento, o Brasil caiu quatro posições e aparece na 111ª posição, entre os 180 países avaliados. Em 2018, o país era o 102 colocado, mas a situação se agravou desde a posse de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
“O Brasil enfrenta problemas históricos e estruturais no campo da liberdade de expressão. É o segundo país da América Latina com o maior número de profissionais de imprensa assassinados na última década, atrás apenas do México. Ataques verbais, insultos, ameaças e agressões físicas contra jornalistas são frequentes no país”, apontou a entidade.
O Brasil agora faz parte da parcela vermelha do ranking, que sinaliza regiões do mundo com um cenário de ameaças à liberdade de imprensa. Até então, o país se encontrava na faixa laranja, que aponta regiões do onde a situação da imprensa é considerada sensível.
A pesquisa avalia os países considerando pluralismo, independência das mídias, ambiente e autocensura, arcabouço legal, transparência, qualidade da infraestrutura de suporte à produção da informação e violência contra a imprensa.
Segundo a organização, o Brasil “tem um cenário de concentração excessiva da propriedade de meios de comunicação, o que prejudica a qualidade do pluralismo e da diversidade do horizonte midiático”.
“Os atritos esporádicos entre os governos anteriores e a imprensa foram substituídos por uma lógica de desmoralização e ataques sistemáticos promovidos por autoridades das mais altas esferas de poder”, alertou a RSF.
“O presidente Bolsonaro, seus filhos que ocupam cargos eletivos e vários aliados dentro do governo insultam e difamam jornalistas e meios de comunicação quase que diariamente, escancarando o desapreço pelo trabalho jornalístico. Multifacetados, estes ataques seguem uma estratégia cada vez mais estruturada de semear desconfiança no trabalho dos jornalistas, de destruir a credibilidade da imprensa como um todo e, gradualmente, construir a imagem de um inimigo comum”, disse.
A entidade, no entanto, ressaltou que existe uma tendência generalizada no mundo de cerceamento ao trabalho jornalístico. “No mundo todo, jornalistas se depararam com um maior número de obstáculos para obter informações, por causa da crise sanitária ou tendo ela como pretexto. O estudo mostra uma dificuldade crescente dos jornalistas em investigar e divulgar temas considerados sensíveis, principalmente na Ásia e no Oriente Médio, mas também na Europa”.
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