Por raquel_
Do Valor Econômico
Ajuda à UE reverteria diversificação de reservas
Por Angela Bittencourt e Daniela Machado | De São Paulo
Se o governo brasileiro for convencido a entrar no pacote dos Brics de compra de bônus europeus, dará uma guinada no processo de diversificação das reservas, que vinha buscando ampliar a exposição a países com situação fiscal consistente.
O Brasil já teve uma concentração gigantesca das reservas denominadas em euro em 2004, de 35,1% do total, mas não por decisão estratégica.
“Entre 2002 e 2005, o perfil de distribuição por moedas das reservas internacionais era influenciado pelo empréstimo contraído no Fundo Monetário Internacional (FMI), em direito especial de saque (DES), moeda de referência do fundo composta por uma cesta de moedas”, afirma o Banco Central no mais recente Relatório de Gestão das Reservas Internacionais.
Só a partir da liquidação do empréstimo, o Brasil ficou livre para decidir a composição das reservas. E a opção foi a de reduzir para 4,5% a exposição ao euro, no fim de 2010.
Se o governo decidir fazer parte do socorro às economias europeias, mesmo que optando pela compra de bônus de países menos fragilizados como Alemanha e Grã-Bretanha, terá que abrir mão dessa estratégia que leva em conta, segundo o BC, segurança, liquidez e rentabilidade, nessa ordem.
Em dezembro de 2010, a alocação por moedas se dava da seguinte forma: 81,8% em dólar norte-americano, 6,0% em dólar canadense, 4,5% em euro, 3,1% em dólar australiano, 2,7% em libra esterlina e 1,9% em outras moedas, tais como o iene japonês. Nas palavras do próprio BC, a maior diversificação levou ao aumento do volume alocado em dólar canadense e dólar australiano, “economias com sólidos fundamentos macroeconômicos e situação fiscal confortável”.
O uso das reservas exige particular reflexão do BC, inclusive porque ele é o prestador de contas pelo processo de gestão a quatro diferentes tipos de controle: para a auditoria do próprio BC; à Controladoria-Geral da União (CGU); ao Tribunal de Contas da União (TCU); e a um auditor independente.
O Relatório de Gestão das Reservas Internacionais, lançado pelo BC em 2009 e publicado anualmente, dá uma clara indicação do quanto a administração das reservas preocupa a instituição. As reservas, que já superam US$ 350 bilhões, são administradas por carteiras de referência, limites operacionais e avaliação de resultados. Diariamente, o BC monitora os riscos de mercado, de crédito, de liquidez e operacional. Em meados de 2000, em 2006 e em maio de 2011, o BC criou e alterou sua estrutura gerencial com foco cada vez mais dedicado à administração de riscos vinculados às reservas cambiais.
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