Categories: Economia

As exportações brasileiras para a Venezuela

Do Estadão

Brasil é 3º país que mais exporta para a Venezuela

Hoje, 48% das importações da Venezuela vêm dos EUA. O Brasil, país do Mercosul que mais exporta para os venezuelanos, ocupa a terceira posição, com 9,5% dos US$ 36,2 bilhões que Caracas gasta anualmente. Os números explicam a razão pela qual a presidente Dilma Rousseff pressionou pela entrada do país no bloco.

Com uma produção industrial restrita, mas muito dinheiro do petróleo para gastar, a Venezuela é um enorme mercado para as exportações brasileiras. Hoje, o Brasil tem saldo comercial positivo com os venezuelanos. As exportações concentram-se em produtos manufaturados.

O País importa combustíveis, que compõem 60% do total de produtos importados da Venezuela. O restante também se concentra em produtos básicos, como ferro, aço, químicos e minérios. A avaliação do Itamaraty é a de que há espaço para que as exportações brasileiras cresçam em todos os setores.

A pauta de importações venezuelanas dá uma ideia das necessidades do país: praticamente tudo. Enquanto 95% de suas exportações é de combustíveis, a Venezuela importa máquinas, produtos farmacêuticos, embarcações, automóveis, plásticos, cereais, entre dezenas de outros bens, especialmente manufaturados. Neste ano, as importações do Brasil cresceram 24% em comparação com 2011.

O maior empecilho para o crescimento do comércio com os venezuelanos é a desconfiança dos empresários brasileiros, algo que nem mesmo a integração resolverá. A Venezuela é conhecida pela insegurança jurídica e seu presidente, Hugo Chávez, pelos rompantes nacionalistas.

Situações como a da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – que deveria ser uma associação entre os dois países, mas está sendo bancada pelo Brasil -, não melhoram a imagem venezuelana entre os empresários brasileiros. A própria situação do Mercosul também não ajuda.

Os problemas com a Argentina são constantes. Produtos brasileiros são barrados na fronteira com a suspensão de licenças automáticas ou acabam sendo sobretaxados por decisões protecionistas. A suspensão do Paraguai, onde vários empresários brasileiros têm investido, também assustou quem tem negócios no bloco. / L.P.

Luis Nassif

Luis Nassif

Recent Posts

Copom reduz ritmo de corte e baixa Selic para 10,50% ao ano

Decisão foi tomada com voto de desempate de Roberto Campos Neto; tragédia no RS pode…

10 horas ago

AGU aciona influencer por disseminar fake news sobre RS

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação judicial pedindo direito de resposta por conta…

12 horas ago

Assembleia Legislativa de SP celebra Dia da Vitória contra o nazismo, por Valdir Bezerra

Para a Rússia trata-se de uma data em que os russos homenageiam os mais de…

13 horas ago

Diálogo com o Congresso não impede cobertura negativa do governo pela mídia, diz cientista

Para criador do Manchetômetro, mídia hegemônica se mostra sistematicamente contrária ou favorável à agenda fiscalista

13 horas ago

Tarso Genro aponta desafios e caminhos para a esquerda nas eleições municipais

O Fórum21 comemorou o seu segundo ano de existência no dia 1⁰ de Maio e,…

13 horas ago

Desmatamento na Amazônia cai 21,8% e no Pantanal 9,2%

A redução no desmatamento ocorreu entre agosto de 2022 e julho de 2023, em comparação…

13 horas ago