Bradesco compra Berj em leilão por R$ 1,25 bilhão
O Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj) foi leiloado nesta sexta-feira (20). O Bradesco arrematou o banco por R$ 1,25 bilhão e poderá operar, por três anos, a folha de pagamento dos servidores ativos e inativos do Governo do Estado, que custará R$ 374 milhões ao comprador.
O lance mínimo era de R$ 513 milhões, mas, somando-se esta quantia, o valor mínimo era, de fato, R$ 887 milhões. Levando-se em consideração os imóveis e o acervo cultural que ficam com o Estado, o valor total do banco supera a quantia de R$ 1 bilhão.
“É uma grande vitória para o Estado. É uma demonstração de confiança no Estado do Rio de Janeiro, porque quatro grandes bancos brasileiros disputaram um banco em liquidação e a folha de pagamentos do Estado do Rio de Janeiro. Foi uma disputa acirrada, o Bradesco ganhou. O resultado deste leilão importa com o preço da folha de pagamentos, chegando a um valor total de quase R$ 1,9 bilhão. Estamos muito felizes com este resultado que ultrapassou todas as nossas expectativas”, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Regis Fichtner.
Os outros três bancos que participaram do leilão deram os seguintes lances: Santander – R$ 651.000.000,01; Itáu – R$ 590.022.289,93; Banco do Brasil – R$ 729.375.000,00.
“A operação da folha de pagamento é um grande benefício para o comprador do Berj. O Estado tem, entre ativos e inativos, cerca de 400 mil servidores com contas bancárias. Isso dá uma grande capilaridade para o banco, que se beneficia com o sistema de float, que é o tempo entre a data em que o Estado deposita o pagamento e a data em que ele é creditado na conta do servidor. Além desse float, existem as tarifas bancárias. O banco pode oferecer diversos serviços aos servidores, como empréstimos e cartões de crédito, por exemplo”, explicou o secretário, acrescentando que os recursos arrecadados com a venda serão direcionados para investimentos e pagamentos de compromissos do Estado.
Além dos créditos contra a União que o banco tem, há ainda uma estimativa de mercado de que o Berj some mais de R$ 3 bilhões de prejuízo fiscal, ativos que podem ser usados para abater impostos. Juntamente com a folha dos servidores, esse é outro atrativo e um dos motivos do interesse de dois grandes bancos no leilão, Itaú e Bradesco, que estão pré-qualificados. Leilão exclui ‘Banerjão’ e acervo cultural do banco.
O decreto nº 42.432, assinado pelo governador Sérgio Cabral, exclui da venda o “Banerjão” – edifício no Centro da cidade que foi sede do banco –, avaliado em R$ 86 milhões, e um terreno na Avenida Paulista, comprado nos anos 70, que vale R$ 60 milhões.
O governo também prevê a manutenção do acervo cultural do Berj, estimado em R$ 11 milhões, que inclui obras de Di Cavalcanti, Alfredo Volpi e Anita Malfati. Aos atuais acionistas minoritários do Berj será pago o valor dos imóveis desapropriados na proporção de sua participação no capital social.
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