Confiança do setor de serviços volta a cair

Jornal GGN – O Índice de Confiança de Serviços (ICS) voltou a recuar em março, dando continuidade à tendência de estabilização em patamar historicamente baixo, iniciada em agosto do ano passado. O ICS fechou o mês com retração de 0,4% ante fevereiro – quando tinha avançado 0,2% na comparação com janeiro. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e refletem “a percepção de ritmo de atividade ainda fraco pelo setor”.

Os dois componentes que formam o índice perderam força no período, em uma convergência de sinais que não era registrada desde outubro passado. Ao mesmo tempo, sete das doze atividades pesquisadas apresentaram redução de confiança entre fevereiro e março.

“O resultado da Sondagem em março reafirma um momento de avaliação pouco favorável das empresas sobre o nível de atividade neste início de ano”, diz a FGV. “Na média dos primeiros três meses, a confiança está no mesmo nível do quarto trimestre de 2013 e os índices de situação atual e expectativas seguem abaixo de sua média histórica, sinalizando um quadro de ritmo moderado na atividade do setor”.

O Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 0,5%, interrompendo uma sequência de quatro meses em elevação. O recuo foi determinado pelo quesito Situação Atual dos Negócios, que cedeu 3% frente a fevereiro. A proporção de empresas avaliando a situação dos negócios como boa passou de 25,9% para 23,9% entre fevereiro e março, enquanto a parcela das que a consideram ruim, aumentou de 15,7% para 17% no mesmo período. 

Já o quesito Volume de Demanda Atual avançou 2,5%, com aumento da proporção de empresas que avaliam o nível de demanda atual como forte de 15% a 15,5% e queda na parcela das que o consideram fraco, de 21,3% para 19,5%. 

O Índice de Expectativas (IE-S) registrou queda pelo terceiro mês consecutivo, de 0,4%. A queda registrada entre fevereiro e março também resultou de movimentos em sentidos contrários de seus componentes. 

De acordo com a pesquisa, houve aumento do otimismo das empresas em relação à demanda prevista nos três meses seguintes e diminuição em relação à tendência dos negócios nos seis meses seguintes. 

A proporção de empresas prevendo aumento da demanda subiu de 39,4% para 40,3%, enquanto a parcela daquelas prevendo demanda menor passou de 8,8% para 8,5%. A proporção de empresas esperando tendência dos negócios melhor recuou de 41,3% para 39,2% e das que esperam piora ficou praticamente estável, ao passar de 6,4% para 6,5%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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