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Crédito do sistema financeiro atinge R$ 3,013 tri em janeiro

 

Jornal GGN – O crédito total do sistema financeiro, incluindo as operações com recursos livres e direcionados, atingiu R$ 3,013 trilhões em janeiro, o que corresponde a uma redução de 0,2% no mês e aumento de 11% em doze meses, após expansões de 2,1% e 11,3% no mês anterior, nas mesmas bases de comparação. Os dados foram divulgados pelo Banco Central.

Com o resultado, a relação crédito/PIB alcançou 58,5% em janeiro, ante 58,9% em dezembro e 55,7% em janeiro de 2014. A evolução mensal foi influenciada pela retração de 1,1% no saldo destinado a pessoas jurídicas, que somou R$ 1,588 trilhão, enquanto a carteira contratada pelas pessoas físicas cresceu 0,9%, para um total de R$ 1,425 trilhão.

As operações com recursos livres alcançaram volume de R$ 1,566 trilhão, variações de -0,7% no mês e 5,1% em doze meses. A retração mensal foi determinada pela redução sazonal na demanda de crédito às empresas, que registrou saldo de R$778 bilhões, após declínio de 1,9%. As modalidades com maior redução foram as relacionadas às atividades mercantis, como desconto de duplicatas e outros créditos (principalmente aquisição de recebíveis). Na carteira de pessoas físicas, o crédito livre cresceu 0,4%, atingindo R$ 788 bilhões, destacando-se as operações de crédito pessoal e cheque especial.

O crédito direcionado totalizou R$ 1,447 trilhão, crescimentos de 0,5% no mês e 18,2% em doze meses. Segundo o BC, a variação mensal refletiu a expansão de 1,4% nos financiamentos a pessoas físicas, com um saldo de R$ 637 bilhões, determinada pela manutenção no ritmo de concessões do crédito imobiliário. A carteira destinada às empresas somou R$ 810 bilhões, redução de 0,2%, influenciada pela redução sazonal das contratações com recursos do BNDES para investimentos.

Consideradas as operações com recursos livres e direcionados, a evolução mensal da carteira de crédito por atividade econômica, incluindo pessoas jurídicas dos setores privado e público, evidencia retração, principalmente nos segmentos do comércio, da indústria de transformação e de construção, com saldos respectivos de R$ 297 bilhões (-3,3%), R$ 439 bilhões (-1,7%) e R$ 114 bilhões (-2,1%). Em sentido inverso, observou-se expansão nos créditos para indústria extrativa, com saldo de R$ 37 bilhões e variação de 6,8%.

Segmentadas as operações por tipo de cliente, o volume de crédito ao setor privado alcançou R$2.803 bilhões, após declínio de 0,3%, determinado pela redução de 1,5% nas operações com empresas. O crédito para o setor público somou R$ 210 bilhões, com aumento mensal de 1,7%, refletindo expansões respectivas de 3,4% e 0,4% nas carteiras com entidades do governo federal e vinculadas a estados e municípios.

Quanto à distribuição da carteira de crédito conforme a região geográfica, incluindo operações com valor superior a R$1 mil, o saldo da região Sudeste atingiu R$ 1,601 trilhão em janeiro, com estabilidade em relação a dezembro e acréscimo de 12,7% em doze meses. Na Região Sul, houve variações de -0,1% no mês e 11% em doze meses, em um total de R$ 536 bilhões. No Nordeste, o volume de crédito alcançou R$387 bilhões, com expansões de 0,3% no mês, e de 9,4% em doze meses, enquanto no Centro-Oeste, ocorreram crescimentos de 0,5% e 17,6%, nos mesmos períodos, com a carteira situando-se em R$ 308 bilhões. Na Região Norte, o saldo atingiu R$ 113 bilhões, registrando variações de -0,1% no mês e 9,2% em doze meses.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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