Categories: CorrupçãoCrime

O assassinato do agente da PF da Operação Monte Carlo

Por AndreB

Do Brasil 247

Agente que investigou Cachoeira é assassinado

Por volta das 15h da tarde desta terça-feira 17, o Agente da Polícia Federal que trabalhou nas investigações da operação Monte Carlo foi assassinado no cemitério Campo de Esperança, em Brasília. Wilton Tapajós Macedo o ‘agente Tapajós’ levou dois tiros na cabeça e morreu na hora.

A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam o assassinato.

Uma das linhas de investigação considera que Tapajós tenha marcado um encontro com um informante dentro do cemitério.

O policial levou dois tiros na nuca e, mesmo armado, não conseguiu reagir.  Wilton foi encontrado próximo ao túmulo de seus pais.  Um jardineiro do cemitério testemunhou o crime e acionou a polícia. Os assassinos fugiram no carro de Wilton, um Volkswagen Gol. Um coveiro presenciou o crime e avisou a polícia. Até o início da noite, peritos da PF estavam no local. Os policiais que investigam o caso não sabem ainda se ele estava visitando o túmulo ou se foi morto em uma emboscada, ao ter marcado o encontro nesse local.  A administração do cemitério informou que tem quatro equipes de segurança trabalhando no local e que já entregou as imagens das câmeras de segurança.

Wilton Tapajós era natural de Manaus (AM) e tem 54 anos. Ele trabalhava há 24 anos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília e foi conselheiro fiscal do Sindicato da Polícia Federal, entre 2007 e 2010. Ele trabalhou também, na Polícia Federal no serviço de proteção a testemunhas , atuou na CPI da pedofilia e também em investigações sobre tráfico de drogas. Deixa três filhos e esposa.

A operação Monte Carlo revelou as atividades do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Pessoas ligadas à Monte Carlo já foram alvo de ameaças. O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava o inquérito da operação na 11ª Vara de Justiça Federal de Goiás, deixou o comando do inquérito em junho, depois de comunicar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que sua família estava correndo risco e sofrendo ameaças veladas.

A procuradora da República Léa Batista de Souza, que também atuou na Monte Carlo, igualmente recebeu ameaças.

O policial federal Wilton Tapajós Macedo foi dirigente do Sindicato da Polícia Federal e já foi candidato a deputado distrital em 2010. Tapajós da Polícia Federal, como era conhecido, se candidatou pela Frente Trabalhista Democrata Cristã (PSDC e PT do B).

Luis Nassif

Luis Nassif

Recent Posts

Deputadas de direita querem impedir fiscalização da Lei da Igualdade Salarial

Filiadas ao PL, União Brasil, Cidadania e ao Novo apresentaram proposta na Câmara Federal

2 horas ago

CNU: tire suas dúvidas sobre o adiamento do concurso

Fortes chuvas no sul levaram governo a adiar aplicação das provas em todo país

3 horas ago

Cozinhas solidárias distribuem marmitas aos atingidos pelas enchentes no RS; veja como colaborar

Distribuição começou nesta sexta-feira (3) e deve seguir durante o final de semana; movimentos pedem…

4 horas ago

Hamas chega ao Egito e acordo de cessar-fogo pode ser divulgado em breve, diz mídia árabe

Jornais árabes afirmaram o Hamas teria aprovado a implementação da primeira fase do acordo, que…

4 horas ago

SP: agora, até as águas correm para trás, por Rita Casaro

Empresa-símbolo da engenharia brasileira está à beira de privatização predatória e ilegal, que afetará serviços…

5 horas ago

Em apenas 24 horas, Brasil registra mais 35 mil casos prováveis de dengue

O número de mortes confirmadas pela doença nos primeiros meses deste ano chegou a 2.197

5 horas ago