Dívida interna chega a R$ 2,372 trilhões em maio

Jornal GGN – A dívida mobiliária federal interna, fora do Banco Central e avaliada pela posição de carteira, atingiu R$ 2,372 trilhões (equivalente a 41,9% do PIB – Produto Interno Bruto) em maio, o que representa um acréscimo de R$ 38,2 bilhões em relação ao registrado no mês anterior.

De acordo com a autoridade monetária, o resultado refletiu emissões líquidas de R$ 13 bilhões, acréscimo de R$ 900 milhões em razão da depreciação cambial e incorporação de juros no valor de R$ 24,3 bilhões. Os destaques ficaram com o resgate líquido de R$ 58,3 bilhões em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B); e as emissões líquidas de R$ 47 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$ 17,5 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F) e de R$ 7,3 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro).

A análise por indexador, em relação a abril, mostra que a porcentagem dos títulos indexados a câmbio passou de 0,4% para 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 15,3% para 15,4%, devido a emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados elevou-se de 30,3% para 32%, em função de emissões líquidas de LTN; e a dos títulos indexados aos índices de preços reduziu-se de 27,4% para 25,4%, devido a resgates líquidos de NTN-B. A participação das operações compromissadas passou de 26,3% para 26,4%, apresentando vendas líquidas de R$ 10,8 bilhões.

Em maio, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado apontava que o equivalente a R$236,3 bilhões (10% do total) possui vencimento em 2015; R$ 388,7 bilhões (16,4% do total) tem vencimento em 2016; e R$ 1,747 trilhão (73,7% do total) vence a partir de janeiro de 2017.

A exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 356,6 bilhões. O resultado dessas operações no período (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi desfavorável ao Banco Central em R$ 22,1 bilhões.

Já a dívida líquida do setor público alcançou R$ 1,904 trilhão (33,6% do PIB – Produto Interno Bruto), reduzindo-se 0,1 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.  A desvalorização cambial de 6,18% registrada no mês respondeu por redução de R$ 57,3 bilhões no estoque da DLSP – Dívida Líquida do Setor Público.

No ano, a relação DLSP/PIB recuou 0,5 ponto percentual (p.p.), influenciada pelo impacto da desvalorização cambial acumulada de 19,7% no período (-2,8 pontos), pelo efeito do crescimento do PIB nominal (-0,8 ponto), pelo superavit primário (-0,5 ponto), pela incorporação de juros (+3,5 ponto) e pelo ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (+0,1 ponto).

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 3,539 trilhões em maio (62,5% do PIB), elevando-se 0,9 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

View Comments

  • E a operação ZELOTES.

    Quando é que os impávidos e imparciais justiceiros do MP vão dar andamento nas apurações e investigações da operação ZELOTES? Não tapa esse buraco mas ajudaria a reduzi-lo ao longo dos anos desestimulando a pratica reiterada da ação sonegadora das ZELITES que, aliás, tem tudo a ver com ZELOTES.

  • E a Força Tareva para a Operação Zelotes?

    Por que será que na solitária e inglória luta do Procurador encarregado das investigações da operaçao Zelotes o MP não correu para constituir uma FORÇA TAREFA a la Intocáveis, como fez para a Vaza a Jato? E, por que será que nessa operação que pegaria os operadores do dinheiro gordo não ocorrem VAZAMENTOS SELETIVOS?

    Será que os investigadores não vazam porque a mídia não quer publicar, ou a mídia não publica porque o MP e o Judiciário não quer em vazar? Ou estarão ambos unidos no mesmo propósito de abafar a patranha dos endinheirados?

     

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