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Dívida mobiliária perde força em março

 

A dívida mobiliária federal, quando avaliada pela posição de carteira, fora do Banco Central, encerrou o mês de março em R$ 1,851 trilhão, o equivalente a 41,2% do PIB (Produto Interno Bruto), um decréscimo de R$ 12,3 bilhões em relação ao mês anterior.
De acordo com a autoridade monetária, o resultado refletiu resgates líquidos de R$ 28,2 bilhões, um acréscimo de R$ 200 milhões em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$ 15,7 bilhões.
Alguns dos destaques do período ficaram com os resgates líquidos de R$ 51 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro) e emissões de R$ 17,2 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$ 3,9 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F) e de R$ 1,9 bilhão em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B).
A avaliação por indexador mostra que a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,4%; a dos títulos vinculados à taxa Selic caiu de 17,7% para 15,6%, devido aos resgates de LFT; a dos títulos prefixados evoluiu de 28,7% para 29,6%, em razão das emissões líquidas de LTN e NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F); e a dos títulos indexados a índices de preços passou de 28% para 28,2%. A participação das operações compromissadas elevou-se de 24,7% para 25,7%, em razão de vendas líquidas de R$ 27,6 bilhões.
Ao final de março, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado indicava que R$ 267,4 bilhões (14,4% do total) tem vencimento em 2013; R$ 362,5 bilhões (19,6% do total) vencerá em 2014; e R$ 1,221 trilhão (ou 66% do total) vencerá a partir de janeiro de 2015.
No final de março a exposição total líquida nas operações de swap cambial apresentou valor nulo. O resultado dessas operações ao longo do mês (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$ 45 milhões, no conceito caixa, valor contemplado na apuração das necessidades de financiamento do setor público.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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