IGP-10 sobe 1,05% em setembro

Jornal GGN – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) encerrou o mês de setembro em alta de 1,05%, bem acima dos 0,15% contabilizados em agosto, segundo levantamento divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em setembro de 2012, a variação foi de 1,05%. Com o resultado, a variação acumulada em 2013 é de 3,33%. Em 12 meses, o IGP-10 variou 4,13%.

De acordo com o levantamento, um dos pontos de referência para o avanço foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que disparou de 0,19% em agosto para 1,46% em setembro. Os Bens Finais perderam força e apresentaram uma taxa de variação de -0,02% em setembro, ante 0,13% em agosto, por conta principalmente do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,41% para 0,80%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,63%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,67%.

A variação do grupo Bens Intermediários passou de 0,94% em agosto para 1,87% em setembro, uma vez que quatro dos cinco subgrupos apresentaram aceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 1,06% para 2,59%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de 2,02%. No mês anterior, foi registrada variação de 0,97%.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou variação de 2,74%, revertendo a deflação de 0,62% vista em agosto devido ao desempenho dos itens soja em grão (de -2,30% para 6,84%), minério de ferro (de -3,59% para 1,96%) e milho em grão (de -7,50% para -1,04%). Em sentido inverso, destacaram-se os itens bovinos (de 2,80% para -0,28%), café em grão (de 0,73% para -2,73%) e leite in natura (de 4,65% para 3,17%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) atingiu 0,22% em setembro, ante -0,07% em agosto. Sete das oito classes de despesa componentes do índice ampliaram suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação, que passou de -0,30% para 0,21% por conta do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -12,03% para -7,87%.

Os outros grupos que avançaram durante o período de pesquisa foram Vestuário (de -0,93% para 0,25%), Transportes (de -0,49% para -0,18%), Habitação (de 0,27% para 0,38%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,29% para 0,43%) e Despesas Diversas (de 0,22% para 0,23%), sendo que as maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens roupas (de -1,45% para 0,31%), tarifa de ônibus urbano (de -1,89% para -0,32%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,21% para 0,86%), passagem aérea (de -6,12% para 5,94%) e acesso à internet em loja (de -0,06% para 0,79%), respectivamente.

O único grupo que perdeu força durante a pesquisa foi Comunicação (de 0,13% para 0,03%), com destaque para o item tarifa de telefone móvel, cuja taxa passou de 0,51% para -0,20%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,34% em setembro, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,35%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços atingiu 0,71%, ante 0,39% registrados no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra não variou, em agosto. Na apuração referente ao mês anterior, o índice avançou 0,32%.