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IPCA-15 volta a subir e atinge 0,39% em setembro

Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) teve variação de 0,39% em setembro e ficou 0,25 ponto percentual acima da taxa de 0,14% de agosto, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isto, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de julho, agosto e setembro) foi de 0,70%, ficando acima do resultado de igual período de 2013 (0,50%).

No ano, o IPCA-15 foi para 4,72%, superior à taxa de 3,97% do mesmo de período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 6,62%, ficando acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,49%) e do teto de 6,50% estabelecido pelo governo federal. Em setembro de 2013, a taxa havia sido 0,27%.

A maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou aceleração na taxa de variação de agosto para setembro, com destaque para os preços dos alimentos, que voltaram a subir e foram para 0,28%, depois de recuarem 0,32% em agosto. A alta foi motivada, principalmente, pelas carnes, que ficaram 2,30% mais caras de um mês para o outro, pela refeição fora de casa, que teve aumento de 0,90%, além do leite longa vida, com 1,47%.

Além do grupo Alimentação e Bebidas, outros grupos que avançaram durante o período de análise foram Vestuário (de -0,18% para 0,17%), Despesas Pessoais (de -0,67% para 0,31%) e Comunicação (de -0,84% para 0,56%) também mostraram alta em setembro enquanto haviam apresentado variações em queda no mês de agosto. No grupo dos Artigos de Residência (de 0,41% para 0,43%) as variações ficaram próximas de um mês para o outro.

A respeito das Despesas Pessoais (de -0,67% para 0,31%), destaca-se que as diárias dos hotéis foram responsáveis pelo resultado do grupo em agosto, apresentando redução de 23,54% e agora, em setembro, ficaram relativamente estáveis, com -0,09%.

Quanto ao item empregados domésticos (0,78%), em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) para Salvador e Porto Alegre com referência aos meses de maio, junho e julho, estas duas regiões tiveram sua metodologia de cálculo adaptada.

De acordo com o IBGE, o procedimento consistiu em utilizar os últimos rendimentos disponíveis nas duas regiões, que se referem ao mês de abril, para estimar a tendência da série de rendimentos em setembro. “Assim, foram estimados, a partir de abril, cinco meses à frente ao invés de dois, como é a metodologia corrente adotada. As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 02/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de julho efetivamente coletados através da PME”, diz a entidade.

O grupo dos Transportes (de 0,20% para 0,45%) também mostrou aceleração na taxa de crescimento de agosto para setembro. Dele veio a liderança na relação dos principais impactos do mês, as passagens aéreas, com 0,07 ponto percentual em vista da alta de 17,58%.

As variações que perderam força entre os meses de agosto e setembro foram vistas nos grupos Habitação (de 1,44% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,55% para 0,30%) e Educação (de 0,42% para 0,20%). Em Habitação, embora tenha sido o grupo mais elevado no mês, vários itens mostraram recuo, a exemplo da energia elétrica (de 4,25% para 1,52%), condomínio (de 1,36% para 0,35%) e taxa de água e esgoto (de 1,37% para -0,17%).

Na água e esgoto, a queda de 0,17% foi motivada pela região metropolitana de São Paulo, cujas contas ficaram 2,52% mais baratas, em média, levando em conta a maior intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas os usuários que reduzem em 20% o consumo mensal.

Quanto à mão de obra para pequenos reparos (1,05%), também do grupo Habitação, em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de Salvador e de Porto Alegre com referência aos meses de maio, junho e julho, seguiu-se o mesmo procedimento adotado para os empregados domésticos no cálculo dessas duas regiões.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Belém (1,10%), em virtude da alta da energia elétrica (23,55%), tendo em vista o reajuste de 34,41% em vigor desde 7 de agosto. O menor índice foi o de Goiânia (0,05%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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