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Onda de otimismo na Europa ainda não convence os mais céticos

Jornal GGN – Após alguns trimestres de preocupação e de incerteza, a divulgação de uma série de dados na zona do euro ao longo das últimas semanas começou a sinalizar o início de um ciclo de recuperação importante na economia da região desde a primeira grande crise do bloco europeu, em 2008.
Além da abertura de postos de trabalho na Espanha – que passa por um projeto de replanejamento fiscal e tributário –, outros países do continente comemoram sinais discretos de mudança. O Reino Unido aumentou sua produção de veículos em 12%, e as vendas no varejo em julho foram as melhores em seis anos. A Itália comemora seus melhores resultados em 26 meses, mesmo com a economia em retração, enquanto Portugal vê sua taxa de desemprego diminuir gradativamente.
Especialistas acreditam que as medidas adotadas nos últimos anos começam a surtir seus primeiros efeitos. O dado recente que trouxe mais otimismo foi o PMI (Índice de Compras) da zona do euro, que subiu para 50,5 pontos no mês de julho. Em junho, este número não passava dos 48 pontos, o que indica o crescimento.
Mas as comemorações ainda são discretas, uma vez que analistas consideram que a melhora pode ser temporária. Segundo eles, a sensação de que a pior parte já passou apenas melhorou o humor do mercado – o que não significa que a condição permanecerá estática. Eventos ainda não confirmados na zona do euro para setembro podem causar mudanças no cenário aparentemente favorável, como as eleições alemãs, uma possível nova ajuda à Grécia, resgate português, entre outros assuntos ainda não esclarecidos.
Para os mais cautelosos, a Espanha pode estar passando por uma boa maré trabalhista por conta do verão e do recebimento de turistas. As contas públicas também são um problema para os mais céticos, já que a pressão por medidas populistas e de emergência podem elevar gastos – quadro semelhante pode ser registrado na Itália. No Reino Unido, onde a economia é liderada pelo setor imobiliário, o governo adotou um programa que garante parte das hipotecas contratadas, bancando o prejuízo em caso de calote – o que pode fazer crescer a dívida pública caso haja um aumento da inadimplência.
Com informações de O Estado de S. Paulo, Diário de Notícias e El País
Redação

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