Sabesp tem lucro 11,5% maior no segundo trimestre

Jornal GGN – A Sabesp (Companhia de Água e Saneamento do Estado de São Paulo) registrou um aumento de 11,5% em seu lucro líquido durante o segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, para um total de R$ 337,3 milhões.

Segundo os dados divulgados ao mercado, a receita operacional líquida da empresa – que considera a receita de construção – totalizou R$ 2,8 bilhões, um acréscimo de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Há mais de um ano, a empresa vem concedendo descontos na tarifa de água de consumidores que fazem economia no consumo. Ao mesmo tempo, o faturamento com construção avançou 33%, para R$ 904,8 milhões, ao passo que os custos e despesas caíram 11,2%, a R$ 1,46 bilhão.

Os custos e despesas, os quais consideram os custos de construção, totalizaram R$ 2,4 bilhões, um acréscimo de 1,5% quando comparado aos R$ 2,3 bilhões apresentados no mesmo período do ano passado.

O EBIT (lucro antes de juros e imposto de renda) ajustado, no montante de R$ 472,5 milhões, aumentou 7,6% em relação aos R$ 439,1 milhões apresentados em igual período do ano anterior. Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, no montante de R$ 756,6 milhões, aumentou 14,3% ante os R$ 661,7 milhões apresentados no ano passado (acumulando assim um total de R$ 3,355 bilhões nos últimos 12 meses). A margem EBITDA ajustada resultou em 26,8% no segundo trimestre, ante os 24% obtidos em 2014 (30,6% nos últimos 12 meses). 

“Mesmo diante do cenário hídrico adverso e da redução significativa do consumo, a Sabesp conseguiu entregar operacional e lucro líquido acima do esperado pelo mercado. As campanhas para redução de consumo e concessão de bônus, seguiram refletindo na queda do volume faturado (-7,5%) e da receita com prestação de serviços (-7,9%)”, dizem os analistas da Concórdia Corretora, em relatório.

Ao comentar sobre o lucro da empresa, a corretora diz que “o controle sobre custos e despesas e os reajustes tarifários implementados nos últimos doze meses” foram importantes para a performance apresentada, mas também “contou muito a redução de provisões e o ganho em variação cambial na comparação com o segundo trimestre de 2014”.

“Gostamos da postura da companhia em buscar recomposição de tarifas, mesmo diante da aplicação da política de bônus, e avaliamos positivamente o controle dos gastos, mas ainda seguimos receosos com o quadro atual de parte de seus principais sistemas e dos desafios para se executar projetos que melhorem a condição do abastecimento em São Paulo”, alerta a corretora.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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