Saída de investidor estrangeiro leva bolsa de valores a cair 0,64%

Jornal GGN – As negociações na bolsa de valores fecharam em queda, mesmo com a melhora do clima no exterior, justamente devido à saída do investidor estrangeiro do mercado brasileiro. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em queda de 0,64%, aos 47.254 pontos e um volume negociado de R$ 5,839 bilhões. Agora, o índice acumula -1,14% na semana, -8,28% no mês e no ano e -20,38% em 12 meses. 

As maiores altas foram apresentadas pelas ações da Cesp (CESP6), Natura (NATU3), Cemig (CMIG4) e Telefônica (VIVT4) . Já as maiores baixas ficaram por conta dos papéis das empresas Energias BR (ENBR3), Marfrig (MRFG3) e Fibria (FIBR3).

O pregão oscilou entre patamares positivos e negativos por boa parte do dia, apesar dos ganhos apurados nos Estados Unidos, uma vez que o foco dos agentes acabou ficando concentrado na divulgação de indicadores econômicos e nos informes de resultados das empresas.

Em termos de indicadores econômicos, foi divulgado nos Estados Unidos o PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre de 2013, que cresceu 3,2%, abaixo dos 4,1% do trimestre anterior e em linha com as expectativas. Já os novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos foram de 348 mil na semana até 25 de janeiro, acima dos 329 mil da semana anterior e das expectativas do mercado de 330 mil pedidos. Na quarta-feira (29), o Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) decidiu reduzir em US$ 10 bilhões o programa de compra de ativos, para US$ 65 bilhões a partir de fevereiro. Os estímulos serão divididos em US$ 35 bilhões em títulos soberanos e US$ 30 bilhões em títulos lastreados em hipotecas. No Brasil, a taxa de desemprego ficou em 4,3% em dezembro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No câmbio, a cotação à vista no balcão fechou o dia em queda de 0,82%, a R$ 2,4160. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, as negociações com o dólar interromperam três dias consecutivos de alta, com os investidores aproveitando para realizar lucros depois da valorização acumulada ao longo de duas semanas – o fechamento de quarta-feira (29), a R$ 2,4360, foi considerado o maior desde 22 de agosto de 2013. A disputa pela formação da taxa Ptax (taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros e outros derivativos) e a recuperação de moedas dos mercados emergentes também ajudou nas negociações, assim como o anúncio do Banco Central de que será realizada uma oferta de até US$ 2,3 bilhões para a rolagem de vencimentos do mês de fevereiro.

A agenda macroeconômica de sexta-feira destaca a divulgação do resultado nominal e primário das contas brasileiras em dezembro, além da balança orçamentária. No exterior, destaque para o índice de custo de emprego, os dados de renda pessoal e o índice de confiança da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos; as vendas a varejo na Alemanha, o índice de preços ao produtor na França e a taxa de desemprego na zona do euro, além do índice dos gerentes de compras de manufatura da China e os pedidos de construção no Japão.